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|Coimbra

«Retorno» a um território em luto

A Escola da Noite acolhe amanhã em Coimbra o espectáculo Retorno – um documentário com interpretação musical ao vivo, onde o público é transportado para os territórios que arderam em 2017.

Zona do Pinhal de Leiria consumido pelas chamas de dia 15 de Outubro e onde se estima que tenha ardido 80% da sua área, Marinha Grande, 17 de outubro de 2017
CréditosMiguel A. Lopes / Agência Lusa

O documentário de João Valentim reúne vários depoimentos de pessoas que vivem e trabalham no concelho de Arganil, algumas das quais em aldeias que ficaram cercadas pelo fogo e viram mesmo as suas casas destruídas.

Nas imagens e nos testemunhos deste regresso ao território, «são claras as feridas que permanecem abertas, na vida da população e nos terrenos onde entretanto proliferam eucaliptos (de forma espontânea, mas também em grandes plantações industriais), aumentou de forma drástica a ocupação por espécies invasoras (com destaque para a acácia) e onde subsistem problemas graves na manutenção dos caminhos florestais», lê-se na apresentação a que o AbrilAbril teve acesso. «Um barril de pólvora», é como alguns dos entrevistados descrevem este cenário. 

Em palco, a criação e interpretação musical ao vivo de Inês Luzio (eufónio e electrónica), Inês Malheiro (voz e electrónica) e Tiago Candal (electrónica) «acrescenta leituras, pontuações e densidade às imagens do filme, conduzindo o público numa marcante e impressiva viagem pela paisagem física e social da Serra do Açor».

Evidenciando um conhecimento profundo da realidade sobre a qual reflecte e uma grande sensibilidade por parte de todos os intervenientes, Retorno é construído a partir do ponto de vista de quem habita este território «ainda em luto», onde «o despovoamento e o défice de recursos financeiros e materiais, entre outros factores, têm potenciado a ocorrência de grandes incêndios florestais nas últimas décadas».

O resultado, que pode ser visto amanhã, no Teatro da Cerca de São Bernardo, pelas 21h30, «é um objecto artístico raro e tocante que merece ser visto em todo o País, a começar por Coimbra, capital de um distrito que tantas vezes se esquece de conhecer e valorizar a diversidade dos territórios que o integram».

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