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|artes plásticas

Relação de proximidade com artistas e públicos

Exemplos de uma relação de proximidade com artistas, associações e públicos da arte. Exposições na Casa da Cultura, na Fábrica Braço de Prata, da Colecção de Serralves e na Galeria Serpente.

Escultura “Anunciação”, de Rui Sanches, na Capela do Senhor dos Passos, em Santo Tirso, Novembro de 2019.
Escultura “Anunciação”, de Rui Sanches, na Capela do Senhor dos Passos, em Santo Tirso, Novembro de 2019. Créditos / Fundação Serralves

A Casa da Cultura1, em Setúbal, abriu as portas em 2012, com múltiplas valências de formação e criação artística. Recuperou um dos mais importantes espaços de história e cultura da região, o Círculo Cultural de Setúbal, fundado em 1969, uma instituição de referência de dinamização cultural, cidadania, de partilha de ideias contra o regime ditatorial do Estado Novo e promoção dos valores da democracia, onde houve espectáculos, conferências, colóquios, recitais, mesas redondas, formação e exposições de arte, artes plásticas, poesia, teatro e cinema, uma biblioteca, diversas publicações, uma secção escolar, o estudo da arqueologia, etnografia e da alimentação humana, para todos os que a frequentaram.

No sentido de valorizar a diversidade e liberdade de acesso à cultura e às práticas artísticas, a autarquia de Setúbal, através da Casa da Cultura, tem privilegiado uma relação de grande proximidade com os artistas e associações locais com responsabilidades na criação, no ensino, na promoção e divulgação de cultura nas diversas áreas das artes, tendo sido disponibilizados espaços próprios para sede ou salas de ensaio e programação das diversas áreas artísticas de Setúbal e parcerias com outras associações ou entidades fora de Setúbal que se considerem de interesse cultural e artístico. As áreas abrangidas são diversas e vão desde as artes plásticas à música, cinema, teatro e à dança. No âmbito das artes plásticas funciona o Espaço das Artes, dinamizado pela Artiset – Associação de Artistas Plásticos de Setúbal, além da Galeria de Exposições e em 2017 abriu o Espaço Ilustração.

Exposição de Pintura «Sylphides» de Acácio Cainete na Casa da Cultura, em Setúbal. Novembro de 2019 CréditosAcácio Cainete /

Quanto à actual programação da Casa da Cultura destacamos a exposição de trabalhos do ilustrador, retratista e cartoonista setubalense Agripino Maia no Espaço Ilustração, aberta até dia 5 de Dezembro, e na Galeria das Exposições, de 30 de Novembro a 1 de Janeiro, poderemos visitar a exposição de pintura Sylphides de Acácio Cainete, que homenageia a arte do ballet. O Projecto 33 é uma iniciativa da Artiset em que se convida mensalmente um fotógrafo para apresentar o seu trabalho, o próximo está previsto para 19 de Dezembro, quinta-feira, às 21h30, e decorre na Casa da Cultura, Sala José Afonso.

Em Setúbal, podemos ainda visitar a exposição de fotografia Diálogos de Ana Férias e Frederico Rosa, de 5 de Dezembro a 12 de Janeiro, na  Casa Bocage2, inaugura dia 5 de Dezembro às 18h.

O espaço cultural Fábrica Braço de Prata, em Lisboa, abriu portas em 2007 e ocupa o espaço da antiga fábrica de material de guerra. Em 2015, este espaço era já um projecto cultural e criativo de referência em Lisboa. Segundo Nuno Nabais, professor de Filosofia na Universidade de Lisboa, seu mentor e proprietário, a Fábrica é um espaço «dedicado ao pensamento e às artes», dando já nessa altura trabalho a 14 pessoas. Actualmente é um espaço cultural multifuncional, com diversas salas, onde acontecem concertos de musica, peças de teatro, cinema, cursos de filosofia, exposições, residências e oficinas de artes plásticas. Ali existe também um bar e sala de jantar, uma loja de roupas usadas e artesanato, uma livraria e uma esplanada, mantendo desde sempre uma especial relação entre as diversas artes e o público.

Obra de Guilherme couto, em exposição na «1ª Bienal da Fábrica», na Fábrica Braço de Prata, em Lisboa, Novembro de 2019. CréditosGuilherme Couto /

Tendo como título «Vou, Mas Fico», a Fábrica Braço de Prata3 organizou este ano a 1ª Edição da Bienal da Fábrica, surgida «da vontade de criar ou fortificar ligações entre os artistas», relacionando-os de forma a criar um diálogo que transcenda a sua localização geográfica e os diversos géneros artísticos que eles apresentam nas suas obras. Para a exposição desta Bienal, que foi coordenada por Catarina Santos, Madalena Pequito e Maria de Brito Matias e teve no comité cientifico professores da Faculdade de Belas Artes de Lisboa, foram seleccionados 44 artistas: Ana Teixeira, Ana Loureiro, Numpára, Ânia Pais, Bárbara Freire da Cruz, Bárbara Jasmins, Beatriz Neto, Carlota Jardim, Carolina Lino, Catarina Rodrigues, Catarina Silva, Clara Leitão, Cláudia Cerqueira, Diogo Pereirinha, Basap, Felipe Raizer, Filipa Alves, Francisco Baccaro, Gabriela Pedro, Guilherme Couto, Inês Pascoal, João Correia, João Nuno Rosa, João Viotti, Joaquim S. Marques, José Taborda, Joana Franco, Lara Maia, Lorenzo Bordonaro, Luís Miguel Monteiro, Manuel Ferreira Azoriano, Marie, Maria Barbosa, Zizi Ramires, Marta Raimundo, Martim Dinis, Meii Sôh, Mikha-ez, Pedro Escobar, Pete Luís, Design Bonbon, Sofia Nabais, Tânia Tomás. Esta exposição pode ser visitada até 30 de Novembro, sugerindo desde já a oportunidade de uma visita para conhecer todos os espaços da Fábrica e usufruir da sua excelente programação cultural.

Poderemos ainda destacar na Fábrica Braço de Prata o «Mural da Caverna de Platão» realizado pela dupla de artistas da República Checa Monika Chovancová e Karel Nosek, que inaugurou no passado dia 3 de Outubro. Este projeto de revitalização é o resultado de uma residência de 6 meses dos parceiros da República Checa, que incorporam o tradicional mosaico de azulejos portugueses na criação de seus trabalhos.

No âmbito do programa de itinerância de exposições com obras da Colecção de Serralves4, registamos ainda a apresentação da escultura «Anunciação» de Rui Sanches5 na Capela do Senhor dos Passos, Santo Tirso6, até 15 de Dezembro, promovida pela Câmara de Santo Tirso em parceria com a Fundação de Serralves, tornando possível o acesso a públicos de diversas regiões do país ao seu excelente acervo de arte contemporânea. «Em “Anunciação”, módulos em madeira agrupam-se numa área de conversação, sugerindo uma tensão permanente entre o geométrico e o orgânico, num precário e inquietante equilíbrio. O artista convoca um dos mais importantes temas da arte medieval e do Renascimento (…), que figura no repertório de quase todos os grandes mestres (Giotto, Botticelli, Leonardo da Vinci e Caravaggio, por exemplo), para estabelecer uma ponte entre classicismo e contemporaneidade»7.

A exposição de Desenho «Intermezzo», de Valdemar Santos, está na Galeria Serpente, no Porto. Novembro de 2019 CréditosValdemar Santos /

A Galeria Serpente8, no Porto, iniciou a sua actividade em 1998, tem como objectivo promover os artistas com quem trabalha e ser um espaço aberto a todas as questões ligadas à criação e ao «confronto de ideias, modos de procedimento artístico e alinhamentos estéticos» da arte contemporânea, embora pretenda dar algum destaque à instalação/site specific e fotografia desenvolve também exposições de outras áreas artísticas, como Escultura, Pintura e Desenho. No seu texto de apresentação, a Galeria Serpente refere ainda que «desenvolve acções com amplo carácter transversal e experimental, incentiva o aparecimento de projectos que quebram por vezes o quadro que é tido como o de funcionamento normal de um espaço desta natureza.»

A Galeria Serpente, cujos responsáveis são os artistas Isabel Cabral e Rodrigo Cabral, apresenta actualmente na sua programação a exposição de desenho Intermezzo de Valdemar Santos, que poderá ser visitada até 14 de Dezembro.

  • 1. Casa da Cultura - Rua Detrás da Guarda, 28, 2900-347 Setúbal. Horário: domingo, terça-feira e quarta-feira: das 10h às 22h; quinta-feira, sexta-feira e sábado: das 10h às 1h; encerra às segundas-feiras.
  • 2. Casa Bocage - Rua Edmond Bartisol, 12, 2910-090 Setúbal. Horário: terça-feira a sábado, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30.
  • 3. Fábrica Braço de Prata - Rua da Fábrica de Material de Guerra, 1, 1950-128 Lisboa. Horário: segunda-feira e quinta-feira, das 8h às 1h; sexta-feira e sábado, das 8h às 3h.
  • 4. No âmbito das celebrações do 30.º aniversário da Fundação de Serralves.
  • 5. Rui Sanches desenvolve, desde o início dos anos 1980, uma das mais destacadas obras do panorama da escultura portuguesa. O seu trabalho questiona e reinventa os pressupostos clássicos da escultura através do desenvolvimento de princípios construtivos básicos e da constante utilização e combinação da madeira e seus sucedâneos (destaca-se o contraplacado) com outros materiais (ferro, alumínio, espelho, gesso, etc.).
  • 6. Capela Senhor dos Passos - Mosteiro de São Bento, Avenida Unisco Godiniz, 4780-366 Santo Tirso. Horário: terça-feira a sexta-feira, das 9h às 17h30; sábados e domingos, das 14h às 19h.
  • 7. Ver referência na página da Fundação Serralves.
  • 8. Galeria Serpente - Rua de Miguel Bombarda, 558, 4050-379 Porto. Horário: quinta-feira a sábado, das 15h às 19h.

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