Aquele Natal Inteiro e Limpo foi publicado em Novembro passado pela Kalandraka, que o apresentou como uma «subtil homenagem aos 50 anos da Revolução dos Cravos».
«O livro tem uma plasticidade muito interessante, o autor revela um grande domínio da linguagem e faz um cruzamento intertextual com referências à obra de Sophia [de Mello Breyner Andresen]», afirmou à Lusa a escritora e editora Adélia Carvalho, membro do júri.
Aquele Natal Inteiro e Limpo, cujo título vai buscar precisamente as palavras de Sophia, é um conto narrado por uma menina, que se questiona sobre a falta de memória do avô, «amável, generoso e atencioso», porque já não se lembra do que é o Natal.
Mas numa ocasião, o avô da menina falou-lhe de «um dia inesquecível», um «primeiro Natal, inteiro e limpo», numa referência à Revolução do 25 de Abril de 1974, com «o povo na rua, a guerra no fim, o dia em festa».
José Gardeazabal é o pseudónimo do escritor José Tavares, autor de romance, teatro, prosa curta, tendo vencido em 2021 o prémio de literatura infantil Maria Rosa Colaço com A fábula do elefante. A professora e ilustradora Susana Matos, que deu vida às palavras de Gardeazabal, assina a ilustração de mais de uma dezena de livros, entre os quais Os Barrigas e os Magriços e História de Um Gordo Chinês Que Estava de Barriga para o Ar.
Esta é a segunda edição do Prémio Ibérico Álvaro Magalhães, que distingue o melhor texto para crianças e jovens publicado no ano anterior. Este ano o júri integrou Adélia Carvalho, Álvaro Magalhães e Raquel Patriarca.
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