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«Porque sou comunista»: as confissões de um auto-intitulado «jornalista burguês»

«Atribuir uma classificação “não fascista” à ditadura de Salazar em trabalhos académicos de História implica ignorar a história pessoal de milhares de portugueses para quem o termo “fascista” foi estruturante de muitos aspectos das suas vidas.»

CréditosMário Cruz / Agência Lusa

Este é um dos sublinhados do livro «Porque sou comunista – confissões de um jornalista burguês», da autoria de Pedro Tadeu, para quem não é aceitável «que um jornalista, para o poder ser, passe a ter direitos políticos limitados», nem acredita «em jornalistas ideologicamente isentos, tenham ou não um partido».

Capa do livro Porque sou comunista - confissões de um jornalista burguês, de Pedro Tadeu, uma publicação da Livros Zigurate, Agosto de 2025

No livro, Pedro Tadeu, jornalista, comentador televisivo e um dos participantes no podcast «Os comentadores», do Abril Abril, fala da sua militância política e aponta razões para a sua filiação no PCP: «Com as batalhas políticas a que fui assistindo entre os vários partidos, com a Guerra Fria e a ameaça de um conflito nuclear a desenvolver-se, com as divisões e o voluntarismo na extrema-esquerda, tão patetas, com as ameaças revanchistas dos saudosistas do Estado Novo que a vitória da primeira Aliança Democrática trouxeram logo ao de cimo, com as sucessivas traições aos ideais socialistas que o Partido Socialista cometeu, com as recuperações do grande capital que voltaram a desequilibrar a balança do poder a seu favor, convenci-me, finalmente, disto: “se não é a classe trabalhadora a dominar o jogo político, a pelo menos condicionar o poder, a sociedade nunca terá a mínima hipótese de ser justa”».

Porque sou comunista – confissões de um jornalista burguês, editado pela Zigurate, chega às livrarias na quinta-feira, dia 21, e tem agendados lançamentos para 2 de Setembro, no Porto, às 17h, na Feira do Livro, com Paulo Baldaia, David Francisco Ferreira e Carlos Vaz Marques, e às 21h30, na livraria UNICEPE, com Manuel Loff e Rui Vaz Pinto. No dia seguinte, em Lisboa, às 18h30, será apresentado na Casa do Alentejo por Carlos Vaz Marques e Pacheco Pereira.

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