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Pancho Villa também esteve em Havana

Pancho Villa visitou esta quarta-feira a 31.ª Feira Internacional do Livro de Havana, pela voz de Paco Ignacio Taibo II, autor de vasta bibliografia sobre a lendária figura idolatrada no México.

Capa de 'Pancho Villa: una biografía narrativa' 
Capa de 'Pancho Villa: una biografía narrativa' Créditos / PL

A propósito da apresentação, em Havana, de Pancho Villa: una biografía narrativa (Editorial Planeta), Taibo abordou o tecido de «lendas negras e brancas» que ainda rodeiam o militar e político (1878-1923), personalidade chave na história do país azteca e um dos líderes da Revolução mexicana, juntamente com Emiliano Zapata.

O escritor, refere a Prensa Latina, deteve-se numa lenda relacionada com a morte de Villa (em ano de centenário) e no facto de que cortaram a sua cabeça e esta nunca apareceu.

O director do Fondo de Cultura Económica (FCE) contou que, muitos anos depois, decidiram retirar do túmulo o suposto cadáver descabeçado de Villa, que, afinal, era o de uma mulher que seguramente sepultaram no mesmo local – e isso provocou rumores mal-intencionados sobre o herói.

Taibo, que possui extensa bibliografia sobre Villa (cujo nome verdadeiro era José Doroteo Arango Arámbula), afirmou recentemente que «o fantasma de Villa permanece, é nosso, está encarnado» nos villistas que acreditam que «a razão de ser é servir o povo, pôr-se do lado dos humildes, dos pobres, dos agraviados».

Para Taibo, Pancho Villa está cravado nas entranhas da memória colectiva do país e sobre ele se atiram anedotas, histórias, trabalhos sérios de investigação, contos e «lendas negras» – «manipulando a história para mostrar o "selvagem que era", o "terrível que era", o "polígamo que era"».

Taibo lembrou então como Pancho Villa defendia que um professor primário devia ganhar o mesmo que um general, porque é mais útil, ou como mandou construir 50 escolas no seu primeiro mês como governador de Chihuahua, ou distribuir um milhão de pesos entre os trabalhadores das minas e as viúvas de Chihuahua – «porque o dinheiro é para gastar naquilo de que o povo precisa e não para o contar».

Ontem, em Havana, o autor de Pancho Villa: una biografía narrativa convidou os leitores a aproximar-se destas histórias que fazem parte do devir da América Latina e sublinhou a necessidade de que em Cuba, no México e em toda a região se conheça melhor o legado de próceres como Simón Bolívar, José de San Martín, Máximo Gómez, Antonio Maceo e tantos outros que marcaram a história continental.

Disse ainda que um dos grandes problemas da América Latina, que começa a ter peso e fundo, é «voltar a reconstruir-se como colectivo histórico e não colectivos nacionais isolados».

A actual edição da Feira Internacional do Livro de Havana decorre até dia 19, contando com a participação de 52 países e tendo a Colômbia como convidado de honra.

No encontro literário mais importante de Cuba, com tradições firmadas no panorama latino-americano, os leitores têm à disposição mais de quatro milhões de exemplares.

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