|50 anos do 25 de Abril

O «retrato do país» no 25 de Abril vai estar na Torre do Tombo

O Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT) inaugura na próxima segunda-feira uma exposição de fotografia sobre a Revolução dos Cravos, que pretende ser «um retrato do país», no dia 25 de Abril e seguintes.

Créditos / DR

A exposição intitulada «Dias de Abril: Um Caminho, Múltiplas Vozes», resulta do trabalho em rede da Torre do Tombo, em Lisboa, com os arquivos distritais, tendo para esta exposição contribuído outros arquivos públicos e colecções privadas.

«A exposição é um retrato do país, a partir de um levantamento realizado por todo o país, através dos arquivos distritais, de fotografias do dia ou dias seguintes ao 25 de Abril de 1974, de todo o território nacional, para, assim, dar uma visão alargada do que foi o 25 de Abril», disse à Lusa uma responsável da instituição.

Prestes a assinalar os 50 anos da Revolução dos Cravos, trazemos o tema da democratização da cultura e das artes através das campanhas de dinamização cultural e acção cívica que tiveram lugar no pós-25 de Abril. Foram realizadas mais de duas mil acções, entre 1974 e 1975, abrindo caminho à descentralização cultural no nosso país. A ligação da cultura à vida e o papel das artes neste processo são assuntos que lançamos para o debate entre quem dirigiu e participou nas campanhas e quem se dedica à investigação deste período.

Sem a habitual moderação, as investigadoras Cristina Pratas Cruzeiro e Sónia Vespeira de Almeida conversam com David Evans, Manuel Begonha e Manuel Augusto Araújo. Cristina Pratas Cruzeiro é investigadora auxiliar no Instituto de História da Arte da Universidade Nova de Lisboa, tendo várias publicações sobre o tema das práticas e dinâmicas artísticas desenvolvidas após a Revolução. A antropóloga Sónia Vespeira de Almeida é professora no Departamento de Antropologia na FCSH da Universidade Nova de Lisboa e investigadora integrada do Centro em Rede de Investigação em Antropologia, tendo realizado a sua tese de doutoramento  e escrito vários artigos sobre esta temática.

Artista plástico autodidacta, David Evans realizou numerosas exposições individuais e colectivas e foi director da Galeria Judite Dacruz nos anos anteriores à Revolução, sendo actualmente tradutor e investigador no Centro de Estudos Ingleses de Tradução e Anglo-Portugueses, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Participou em algumas acções das Campanhas como artista plástico.

Presidente da Assembleia-Geral da Associação Conquistas da Revolução, Manuel Begonha foi membro do Conselho de Classes da Armada e da Assembleia do Movimento das Forças Armadas (MFA), tendo coordenado as Campanhas de Dinamização Cultural. É co-autor do livro "MFA - Dinamização Cultural - Acção Cívica" e autor de "A Viagem da Corveta" e "5.ª Divisão MFA, Revolução e Cultura".

Manuel Augusto Araújo foi um dos fundadores da Casa das Artes de Tavira, que dirigiu durante quinze anos, e preside à Associação Cultural Oficina Bartolomeu dos Santos. Com imensa actividade na área editorial, musical e das artes plásticas, Manuel Augusto Araújo escreve com regularidade para imprensa generalista e especializada sobre artes visuais, arquitectura, estética e política.

Com: Cristina Pratas Cruzeiro, Sónia Vespeira de Almeida, Manuel Begonha, David Evans, Manuel Augusto Araújo e Graça Gonçalves.

Já podes ver e ouvir nestas plataformas. Segue-nos!

Tipo de Artigo: 
Notícia
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

«Dias de Abril: Um Caminho, Múltiplas Vozes» procura «apresentar um testemunho dos dias de Abril de 1974, em que a madrugada de 25 de Abril mudou para sempre o caminho político e social que Portugal tinha percorrido nos últimos 48 anos».

Além de fotografia, a exposição inclui outra documentação, nomeadamente um conjunto de provas fotográficas pertencentes ao Arquivo Fotográfico do antigo SNI – Secretariado Nacional de Informação, que «testemunham o movimento militar nas ruas de Lisboa».

A mostra contempla igualmente cartazes e imprensa da época, nomeadamente as cinco tiragens do jornal O Século, do dia 25 de Abril de 1974, e está distribuída por três salas do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Será inaugurada na próxima segunda-feira, 15 de Abril, às 16h, e vai estar patente até 28 de Junho.


Com agência Lusa

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui