Não há quem vigie um dos mais visitados museus em Portugal

A falta de investimento nos museus tutelados pela Direcção-Geral do Património Cultural tem vindo a ser repetidamente denunciada pelos directores das várias instituições, que se têm visto forçados a limitar em larga escala o trabalho neles desenvolvido.

Uma pergunta que o grupo parlamentar do PCP dirigiu ao Governo denunciava as condições que tinham deixado a oficina de conservação e restauro do MNC sem iluminacão, «de que esteve privada durante cerca de dois meses», impedindo os técnicos da instituição de realizar o seu trabalho. 

Não foi caso único, «também os serviços educativos se viram impossibilitados de dinamizar os ateliês infantis pelo mesmo motivo: falta de luz».

Na mesma nota são também apontadas uma série de limitações no que toca ao estado do edifício, como é o caso das continuas avarias nos elevadores, limitando o acesso a pessoas com mobilidade reduzida, e as sucessivas avarias no ar condicionado que aumenta significativamente o risco de degradação dos coches, berlindas, carruagens e liteiras.

O antigo Picadeiro Real, que se manteve integrado no museu e que se manteve aberto ao público com parte do acervo, foi fechado no final de 2019 por falta de vigilância. Passados quase dois anos, não existe ainda data para a sua reabertura, votando ao abandono uma colecção única no mundo do seu tipo, e no qual se investiram recursos significativos.