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Museu do Côa apresenta mostra de João Cutileiro

A exposição «Gravuras Recentes e Outros Riscos» do escultor português é a primeira desde a sua morte, em Janeiro, e envolve inéditos do artista, com o intuito de se fazer um contraponto à arte milenária.

CréditosFrancisco Pinto / Agência Lusa

O escultor sempre se sentiu próximo «dos que riscaram as pedras no Paleolíticos Superior», da sua modernidade e energia vital, afirmou à Lusa a curadora da mostra, Ana Cristina Pais. Esta é uma exposição que exigiu muito engenho na montagem, uma vez que as peças pesam, no seu conjunto, mais de três toneladas.

Uma das peças em destaque, o «Cavalo Inacabado», ficará rodeada de desenhos em papel, de guerreiros em granito negro e do nu feminino, do legado do mestre que faleceu no passado dia 5 de Janeiro de 2021.

«Trata-se, assim, para além de uma exposição de escultura e desenho, de um momento particularmente emotivo para as equipas envolvidas na sua produção, que assume o sentido de homenagem ao escultor [João Cutileiro] e ao historiador [Bruno Navarro] que lhe deram origem», explicou Ana Cristina Pais, que revelou que esta foi uma ideia entusiasmante para o artista, que tinha um particular fascínio pela produção artística do Vale do Côa.

«João Cutileiro admirava a modernidade, a força e a energia telúrica dos artistas do Côa e a forma como, intencionalmente, riscaram a vida nas pedras. A pedra sempre foi o seu material de eleição, enquanto escultor», vincou a curadoura, referindo-se às manifestações milenares da arte rupestre.

A exposição «Gravuras Recentres e Outros Riscos» é o último projecto do escultor e, formalmente, o primeiro inteiramente desenvolvido pelo Centro de Arte João Cutileiro, entidade criada para promover o legado do artista, na região de Évora.

A pandemia veio atrasar a abertura ao público da mostra que estava pensada para ser inaugurada em Novembro de 2020, na sequência da proposta do antigo presidente da Fundação Côa Parque (FCP), Bruno Navarro, que morreu subitamente no passado dia 30 de Janeiro.

A nova presidente do FCP, Aida Carvalho, afirmou que esta exposição «estava pensada para ser realizada no próximo mês de Agosto, e decidimos antecipar a iniciativa de forma a proporcionar, ao longo do período, que vai de Abril até Setembro, um novo atractivo de visitação ao museu, ao parque arqueológico e a todo o território».

Ao todo, a exposição comporta 64 peças, algumas nunca vistas pelo público, nas quais são utilizadas várias técnicas, com destaque para o «Cavalo Inacabado».

A exposição foi inaugurada no passado dia 18 de Abril, quando se assinalou o Dia Internacional do Monumentos e Sítios, e estará patente até ao dia 26 de Setembro deste ano.


Com agência Lusa

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