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|resistência antifascista

«As mulheres da clandestinidade», em Loures

Amanhã, 20 de Abril, na Biblioteca José Saramago. Com a presença da autora e da tipógrafa clandestina Faustina Barradas. Elas abandonaram casas, famílias, terras e nome para combater o fascismo.

Exposição evocativa de Álvaro Cunhal. Reconstituição de uma tipografia clandestina.
Exposição evocativa de Álvaro Cunhal. Reconstituição de uma tipografia clandestina.CréditosEduardo Jorge Madureira/blogue Página 23

O livro As mulheres da clandestinidade, de Vanessa de Almeida, é apresentado amanhã, dia 20 de Abril, às 21h00, na Biblioteca Municipal José Saramago, em Loures.

A iniciativa, integrada nas comemorações do 25 de Abril pelo Município de Loures, contará com a presença da autora e de Faustina Barradas, militante política desde criança e uma das tipógrafas clandestinas com mais longa actividade contra o regime político fascista do Estado Novo.

As mulheres da clandestinidade revela testemunhos de «mulheres que com enorme sacrifício pessoal abandonaram as suas casas, a sua família, as suas terras, até o seu nome, para mergulhar na clandestinidade e a partir dali combater o regime», segundo texto de apresentação da editora que refere, também, a importância de resgatar do silêncio vozes fundamentais de um combate singular». O livro, como assinala a nota de agenda recebida da Câmara Municipal de Loures, presta um tributo ao combate dessas mulheres e «à sua abnegação, coragem e resistência».

No «coração da luta popular» esteve Faustina Barradas

Se todas as lutas, pequenas e grandes, contribuíram para o derrube do regime fascista e o advento da Democracia, aquela que se travou, durante os longos anos da ditadura, pela divulgação da palavra livre de censura, expressão da voz e dos anseios populares, foi tão importante que um dos responsáveis da ligação às tipografias clandestinas, o operário José Moreira, por essa razão assassinado na tortura, lhes chamou «o coração da luta popular».

A polícia política do regime perseguiu com particular ferocidade os «cuidadores» desse «coração», os homens e mulheres que se empenhavam na impressão e distribuição da imprensa clandestina. Faustina Barradas foi uma das mulheres que por mais tempo pôs a vida em risco nessa missão de imprimir jornais, folhetos e volantes que animavam a luta popular.

Vanessa de Almeida e a memória dos tempos sombrios

Vanessa Andreia dos Santos de Almeida nasceu em Lisboa e trabalha na Câmara Municipal de Almada (Divisão de Museus e História Oral), onde é Técnica Superior.

É licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL) e mestre em Antropologia, na área de especialização em Direitos Humanos e Movimentos Sociais, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL) – onde se encontra a preparar o Doutoramento em Antropologia (Poder, Resistência e Movimentos Sociais).

Vanessa de Almeida é investigadora e colaboradora do Instituto de História Contemporânea (IHC) da FCSH-UNL. Tem como temáticas de interesse os movimentos sociais, a clandestinidade política, o género e os usos da memória.

Além de Mulheres da Clandestinidade, o seu mais recente livro, é autora de Um momento de viragem – do 18 de Janeiro de 1934 ao hastear da Bandeira Vermelha e de Um discurso escondido – Alfredo da Silva e as greves na CUF durante a Primeira República. Tem numerosos artigos publicados sobre as suas temáticas de investigação.

Vanessa de Almeida participou em diversos encontros científicos sobre as suas áreas de investigação e esteve na organização do colóquio Mulheres: resistências quotidianas, clandestinidade e luta armada, realizado de 24 a 26 de Novembro de 2016 (FCSH e Museu do Aljube).

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