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Manuel Pureza. «Há mais pessoas a pensar do que eu pensava»

O Pôr do Sol, uma série sobre novelas, vai estrear o último episódio nos cinemas, em várias cidades, este sábado.

Uma série de humor que chegou a ter audiências de milhão e meio de espectadores por episódio.
Uma série de humor que chegou a ter audiências de milhão e meio de espectadores por episódio.CréditosDR / DR

As novelas são uma indústria que alimenta muitos actores. Vivem de jornadas de 12 horas diárias de trabalho, mal pagas e muitas vezes de histórias disparatadas, em que crianças com super-poderes se acotovelam com ricos com palácios e pobres castiços: a vida dos pobrezinhos é um mistério. As duas temporadas da série Pôr do Sol fizeram uma espécie de autópsia doce ao género e as suas taras. De repente, as redes sociais ficaram cheias de memes do Pôr do Sol, com frases em que a maior loucura são as próprias novelas. O AbrilAbril conversou com o realizador e um dos mentores deste OVNI que passou pelas televisões portuguesas, Manuel Pureza, nas vésperas da exibição nos cinemas do último episódio da série.

Estão a preparar a exibição do último episódio do Pôr do Sol em vários cinemas?

Sim, em seis cinemas e oito salas. A nossa ideia foi fazer uma coisa diferente para fechar isso de vez: Lisboa, Porto, Coimbra, Aveiro, Braga e Loulé. Perante a resposta, a noção que a gente tem é que se abrissem mais, mais esgotariam. O problema é que já temos a administração da RTP a dizer: vejam lá, porque daqui a nada não há ninguém em casa a ver (risos). A adesão é enorme, ontem esgotamos as três salas que abrimos em três minutos. É muito estranho.

Concorrentes dos Coldplay.

Melhores que os Coldplay.

Têm ideia de quem é o vosso público do ponto de vista social e geracional? São pessoas que vêem telenovelas e televisão de uma forma linear ou são as novas gerações que não vêem os programas dessa forma?

Temos. É um público que é tendencialmente mais novo, malta dos 15 aos 40. Mas não é muito fácil de definir. O que é fácil de dizer é que é malta que já não vê televisão da forma como estávamos habituados até aqui. Isso é muito fácil de fazer as contas. Nós, no directo e nas gravações até ao meia dia do dia seguinte, fazemos por episódio cerca de 380 mil a 400 mil espectadores. Nos resultados aglomerados de 15 dias, aí dispara para mais de meio milhão. As pessoas já escolhem quando e como querem ver. No ano passado, na conjunção do linear com e as gravações, chegou a dar-nos 1,5 milhões de espectadores. O que é uma coisa irreal. Para termos uma ideia, as séries portuguesas fazem uma média de 400 mil espectadores e ponto. Nós estamos a nível de uma telenovela normal que batalha todos os dias entre SIC, RTP e TVI por dois milhões de espectadores.

Mas o vosso público não é constituído pelas pessoas que normalmente vêem telenovelas?

Não é. Essas não ficaram de todo convencidas com o Pôr do Sol. Primeiro, porque o sentido de humor do país é bastante relativo. A nova geração talvez já esteja mais preparada para rir de si própria. O público de novelas não está nem aí. Aliás é cada vez menor, de há dez anos para cá diminuiu uns milhões. E não está sequer na onda de fazer o exercício que o Pôr do Sol, ou seja por que é que a gente vê novelas? Por que é que a gente acha que um cavalo correr para trás é um problema dramático da humanidade e tão bom para fazer história? Nós, na segunda temporada, fizemos a história da terceira gémea que é ceguinha, coitada, e que tem poderes paranormais, que é uma coisa também super-comum nas novelas. Escrevemos isso o ano passado, começamos a rodar em Abril e a SIC, entretanto, não sabendo da nossa história, começou a gravar uma novela chamada O Segredo que tem três gémeas. O Fragoso diz que o Pôr do Sol contribuiu para uma literacia televisiva. Esta é a última dimensão que o Pôr do Sol tem. A primeira foi entretenimento, non sense, que nos põe a pensar em coisas estapafúrdias e bem-dispostas. Mas por baixo existe mais algo. Eu às vezes dava por mim a rodar a série e a pensar: «Estão-me a pagar para fazer esta coisa».

Eu fiz novelas durante não sei quantos anos, como realizador, e o fenómeno do sofá é uma coisa estranha. Se se pensar no décor de uma novela, o sofá está em primeiro plano. Há um certo efeito espelho entre os telespectadores e os actores, o sofá faz com que pareça que somos nós a vermo-nos. Aqui também tínhamos sofás, mas também cavalos que andavam para trás, gémeas, cenas passadas em África com uma pessoa que vai dar pilhas aos carenciados, tentando subverter tudo.

Num balanço que fizemos, enquanto equipa criativa, eu, a Andreia, o Rui e o Henrique, ficamos com pena de estar a abandonar as personagens. Vai fechar.

É uma vantagem ter princípio, meio e fim, coisa que não têm as séries americanas que se prolongam por causa das audiências.

É uma super-vantagem. Há uma coisa que nós não sentimos, que é ter saudades das coisas. É bom terminar, para as séries poderem deixar saudades. Não estar a procrastinar a coisa de modo a que todos os verões haja pôr-do-sol. É muito chato isso. Deixar de ter piada. As personagens ficam balofas, engordam. E nesse sentido, pensamos que o melhor seria assim.

«(...) o fenómeno do sofá é uma coisa estranha. Se se pensar no décor de uma novela, o sofá está em primeiro plano. Há um certo efeito espelho entre os telespectadores e os actores, o sofá faz com que pareça que somos nós a vermo-nos.»

MANUEL PUREZA

Nós deixamos o final em aberto da primeira temporada, e em Setembro foi-nos proposto uma segunda temporada, o que para nós foi incrível. Um grande reconhecimento do valor do que tínhamos feito. Mas decidimos acabar na segunda temporada. Mas não é fácil, há imensas pressões. Há até petições na Internet a pedir que não acabe a série, que tem que ter 799 milhões de temporadas. A nossa resposta é sempre a mesma. Nós não fechamos a porta, mas não vai ser para já.

Qual a avaliação que faz das novelas? As primeiras novelas que passaram em Portugal, como Gabriela e O Casarão, tinham uma grande qualidade de argumento e realização. Mas depois veio um enorme abastardamento: em vez de subirem os conhecimentos do público tendem a diminuí-los.

Sim. Acho que as novelas são de uma irresponsabilidade gigante. Neste sentido, devia ser um privilégio fazer e ter novelas. Um produto que chega a dois milhões de pessoas todos os dias devia ter uma responsabilidade social que não tem. Isso começa onde? Na escrita. A escrita machista das novelas é muitas vezes feita por mulheres argumentistas. O que é muito mais difícil de combater.

Isso não tem de ver apenas por o estereótipo resultar e ser um fast food de fácil consumo?

Sim, mas é preciso ver que, com toda a perda de qualidade, a audiência de novelas está a baixar há anos. De repente, o Brasil faz uma coisa como a Avenida Brasil, e toda a gente diz: aquilo é que é.

Claro que é, mas em termos orçamentais não é comparável, em termos de horários de trabalho que protejam os trabalhadores e a sua criatividade não é igualmente comparável. Os meus colegas faziam a trabalhar em novelas – como eu fiz, até haver umas lutas laborais em que estive metido na Plural – 12 horas por dia, por 800 euros mês. É uma exploração inacreditável. Acho que as novelas deviam ser responsabilizadas, como no caso do Brasil, por uma função social, por questões como a homossexualidade, droga e aborto. Podiam fazer parte das preocupações.

Não fica como aqueles momentos a gozar com a publicidade que são colocados no Pôr do Sol?

(Risos) Pode não ser. Se for bem escrito. Houve novelas portuguesas, bem escritas, que falavam sobre a maneira de intervenção da polícia, o boom da heróina. Isso foi retratado nas novelas. Depois passamos a fazer novelas sobre coisas que não somos nós: temos criados de libré, escadarias de mármore nas casas, toda a gente bebe whisky quando chega a casa. Eu não sei qual é o orçamento dessas famílias.

Por falar nisso, quantos copos de whisky, que se quebravam nas mãos, gastaram vocês nas duas temporadas?

Muitos. Aquilo foi uma estupidez de copos.

Aqueles copos são feitos de açúcar?

São de açúcar, e nós compramos aqueles copos a uma fábrica de elementos desse género em Espanha.

Com as largas dezenas de copos que partiram, já eram os melhores amigos do fabricante, não?

Sim, eles deviam estar a pensar: estes gajos são incríveis, o que se passa aqui? Nós fizemos um trailer para levar à RTP, e para isso comprámos quatro copos, cada copo daqueles é muito caro. E estávamos a gravar um plano em que o Simão Bourbon de Linhaça estava ainda numa fase muito embrionária, com o seu irmão, e dizia: «tu és um escroque e um biltre», e o Simão respondia: «hahahah, se depender de mim não vai haver cereja este ano».

«Os meus colegas faziam a trabalhar em novelas – como eu fiz, até haver umas lutas laborais em que estive metido na Plural – 12 horas por dia, por 800 euros mês. É uma exploração inacreditável.»

MANUEL PUREZA

E eu disse ao Rui Melo (da equipa criativa e que faz de Simão, na série), não partas agora o copo que eu preciso de fazer um plano geral. E ele com o entusiasmo partiu o copo. Como tínhamos o plano de corte, estava garantido. Mas na altura, ainda estávamos a experimentar os copos e o que eles aguentavam. Como são de açúcar, com o calor, podem pura e simplesmente derreter. Na segunda temporada, há uma cena entre o par dos vilões, o Simão e a Filipa. Discutem e estão em ruptura. Sempre que ele muda de posição aparece um copo na mão que é partido, e volta a aparecer outro copo de whisky, quando muda de posição. Aquilo é um plano de sequência, cada vez que o gajo agarrava o copo, já só tinha líquido a escorrer e bocados…

As novelas são, para muitos actores portugueses, um ganha-pão. Isso não faz com que haja da parte dos actores, mesmo os que participaram no Pôr do Sol, uma preocupação de não ferir ou foi uma vingança doce?

Foi uma super-vigança doce. As novelas são uma indústria com uma morte anunciada que eu acho que nunca vai acontecer. Quem faz os números de audiência das novelas são as pessoas mais velhas que estão sozinhas em casa. Para os actores, o Pôr do Sol foi uma espécie de purga. Assim como a gente propõe um cavalo a andar para trás, com o nome de testículo. Há coisas muito mais estranhas em novelas ditas sérias, eu lembro-me de uma novela com uma pessoa que falava com um golfinho e este respondia. Eu próprio realizei uma novela em que havia uma criancinha que tinha super-poderes e que mandava o Rogério Samora para debaixo da terra e ele voltava no final – quase zombie. Nós estávamos a vender isto às pessoas. E os actores e as equipas técnicas têm de entrar no plateau, com três bolas na mão, a dizer «isto é muita bom»; e por dentro estávamos a morrer. As pessoas que convidamos para o Pôr do Sol não são inocentes. Escolhemos o Manuel Cavaco, que é a cara mais visível de todas as produções do género em Portugal nos últimos 30 anos. Ele próprio diz, sempre que faz uma novela: «já fiz 30 novelas, esta foi a pior.» A última foi sempre a pior, com excepção da próxima. Quando está a gravar as cenas do Pôr do Sol vai dizendo uma expressão muito própria dele: «exactamente, exactamente». À medida que avançávamos na história, ele estava sempre a reconhecer mil cenas que já tinha gravado ao longo da sua carreira e a conseguir libertar os seus demónios. Não acredito que a maioria dos actores que fazem novela almejassem fazer cinema, mas há um bom número deles que é o quer fazer. Mas, infelizmente, o cinema não é indústria em Portugal: não há dinheiro nem escala. Felizmente o nosso cinema é diferenciador e cultural. O ICA  (Instituto de Cinema e Audiovisual) deve financiar este género de cinema.

A polémica que deve haver um cinema comercial que se pague a si próprio não é ilusória num país sem escala e número de espectadores que tornem os filmes rentáveis?

Mais ou menos, o filme neste momento mais visto em Portugal, chama-se Curral de Moinas, é uma comédia de duas personagens que vêm do norte, feito pela dupla que fazia o Telerural. Neste momento já fez muito dinheiro e pagou-se duas vezes. Mas é completamente estupida a ideia que para existir um cinema comercial não pode haver sistema de auto. É preciso pensar nos apoios e na lei do cinema e como o Estado pode entrar com dinheiro de forma a potenciar o cinema. Houve uma altura que eu estudei outras leis do cinema, como no Brasil, e esta é muito bem pensada, fazendo com que grandes empresas contribuam para o cinema, ao abrigo de uma lei do mecenato, que as beneficia fiscalmente. O cinema brasileiro é um exemplo de ascensão, de prémios e reconhecimento internacional.

 Mas não se devia ver novas formas de financiamento? Hoje, se calhar, quem devia pagar mais são as grandes empresas de telecomunicações, que fazem negócios milionários. Até porque a maior parte dos filmes são vistos online e não no cinema.

É preciso pensar para além disso. Como é que podemos taxar grupos que têm lucros enormes, explorando, entre outras coisas, as 12 horas de trabalho diário da malta. De que forma se atribui determinados apoios. Encontrar maneira de haver uma contribuição, para além das taxas de rádio e televisão, que torne o investimento privado, ao abrigo do mecenato e outras formas, quase obrigatório no cinema. Por que é vamos exibir o último episódio do Pôr do Sol nas salas de cinema? Vamos fazê-lo porque as pessoas querem consumir coisas portuguesas e que as desafiem. Nós achávamos que não, queríamos duas salas de cinema, de repente a NOS, disse-nos: não podem ser só duas salas, têm que ser oito. A verdade é que esgotaram.

Acha que o Pôr do Sol é traduzível, poderia passar no Reino Unido ou noutro país estrangeiro legendado ou dobrado com sucesso? Provavelmente, teria de ser completamente rescrito, devido aos trocadilhos.

Mais ou menos. A primeira temporada do Pôr do Sol está na Netflix Portugal. Nós temos uma relação com a Netflix desde que vendemos a nossa primeira série da minha produtora Até que a vida nos separe para 198 países. Houve coisas que se perderam completamente na tradução. Só que a equipa de tradução da Netflix é espantosa. Tem a ver com a escala, tens um tipo para pensar qual é a imagem que te vai aparecer e qual a imagem que me vai aparecer a mim, para nos convencer os dois a ver a série. Eu recebi um documento que explicava 50 formas de chegar ao público. Nessa altura, eles perguntaram-nos o que é que andávamos a fazer. Explicámos que estávamos a fazer uma coisa cómica.

«Como é que podemos taxar grupos que têm lucros enormes, explorando, entre outras coisas, as 12 horas de trabalho diário da malta.»

manuel pureza

Eles disseram-nos que a comédia não viaja bem, é demasiado local, até que vieram cá e reuniram-se connosco. E perguntaram-nos novamente o que andávamos a fazer? Explicámos que estávamos a terminar o Pôr do Sol, que era a história de uma família rica que tinha um cavalo chamado Testículo que anda para trás. Eles riram-se e perguntaram-nos, como é que a gente não sabia disso? Vocês é que nos afirmaram que a comédia não viajava bem, dissemos-lhes. Eles quiseram ver a série, viram e adoraram. Vamos testar a primeira temporada na Netflix Portugal e depois na segunda temporada vamos experimentar estar internacionalmente. Eles já sabem que mesmo que haja piadas locais, conseguem adaptar as piadas a cada sítio, porque há alguém que está fechado numa cave a fazer isso. E até porque o fenómeno da novela é bastante mais universal do que pensamos e as coisas que lá se tratam e os estereótipos estão presentes em muitos países. Nós tivemos uma pessoa do departamento de comédia da Globo que viu, na viagem para cá, a primeira temporada toda e já sabia mais da série do que nós, e dizia-nos: isto é incrível. Eu tentei muitas vezes vender à Globo, mas eles nunca acharam que isso resultasse.

Na Globo há uma linha de novelas cómicas.

Em Portugal também, mas são normalmente novelas um pouco palermas e muito más. E as pessoas vêem. Não pode acontecer o critério de se passar qualquer coisa porque as pessoas vêem. As pessoas vêem tudo o que for muito mau, tudo o que for muito violento. Assim vamos por um caminho mau. As pessoas vêem massacres, acompanham câmaras de segurança, tudo coisas abjectas.

Acha que será possível ver o Pôr do Sol daqui a dez anos e achar graça?

Se a ideia for boa, a graça consegue-se manter. O Seinfeld tem coisas datadas: gravadores de chamadas, etc., mas continuamos a rir, porque as ideias são boas e as piadas estão no comportamento das pessoas e não nas coisas datadas. Justiça seja feita à escrita, todo o produto audiovisual que é lançado e tem reconhecimento é um retrato do seu tempo. Eu não tinha Twitter e quando abri a conta tive logo três mil seguidores em minutos. No TikTok temos 300 mil pessoas a partilhar diariamente vídeos do Pôr do Sol. É impressionante.

Novos projectos?

Vou lançar um filme no início do ano, estou nas montagens. Quero descansar um bocadinho, porque isto foi um bocado duro. Fui pai outra vez há um mês, e estou ainda a mudar fraldas e essas coisas. Gostava que o próximo projecto fosse a continuação desta equipa, que é um grupo com quem gosto muito de trabalhar. Para mim, as equipas técnicas e criativas são todas artísticas. Sinto que estou muito bem rodeado.  Acho que o truque é esse. Eu dependo deles como mais nada. Cada vez que aceito um projecto, sinto que a matilha fica cada vez mais unida. Faço com que seja bom trabalhar na Coiote (a produtora), as pessoas sentem-se protegidas, não estão sempre a fazer horas extraordinárias, e se as fazem, são devidamente pagas.

As suas ideias reflectem-se nas normas labotais da sua produtora?

Tem de ser assim. Na televisão, as empresas habituaram-se a esticar as condições de trabalho ao limite. Os lucros das grandes produtoras são enormes à custa dos meus colegas que ganham 800 euros mensais por 12 horas de trabalho, em condições de cansaço extremo dentro de um estúdio a apanhar sol, de meia hora em cada em que cinco horas. Algumas lutas foram feitas para melhorar a situação. Na altura que eu estava na Plural havia plenários com 200 pessoas. Nós parámos a Plural. Conseguimos chegar à mesma rentabilidade com nove horas mais uma, e tendencialmente evoluir para oito horas mais uma, que era o que devia acontecer. Imediatamente, depois dessa fase voltou-se à escravatura. Continua-se a trabalhar muito a mais.

O que é que apreendeu com o processo da feitura do Pôr do Sol?

Aprendi que, ao contrário do que eu pensava, há mais pessoas interessadas em pensar do que eu pensava (risos). Isso é bom. 

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