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Histórias de superação ao ciclone Idai retratadas em curta-metragem

Yara Costa, realizadora moçambicana, pretende retratar vidas que se reconstruiram depois da tragédia que assolou aldeias inteiras pelas cheias no centro do país.

 

Uma criança brinca nas águas das cheias numa rua enquanto aguarda água potável entregue pelas autoridades locais após o corte no abastecimento público de água que se seguiu à passagem do ciclone Idai na cidade da Beira, centro de Moçambique, 21 de Março de 2019. Mais de 200 pessoas morreram e centenas estão desaparecidos em Moçambique com autoridades a temerem que o número de pessoas mortas seja superior a 1.000. O país observa o seu terceiro dia de luto nacional em 21 de Março.
Uma criança brinca nas águas das cheias numa rua enquanto aguarda água potável entregue pelas autoridades locais após o corte no abastecimento público de água que se seguiu à passagem do ciclone Idai na cidade da Beira, centro de Moçambique, 21 de Março de 2019. Mais de 200 pessoas morreram e centenas estão desaparecidos em Moçambique com autoridades a temerem que o número de pessoas mortas seja superior a 1.000. O país observa o seu terceiro dia de luto nacional em 21 de Março.CréditosTiago Petinga / Agência Lusa

A realizadora inspirou-se em Dombe, na província de Manica, uma das zonas afectadas pelo ciclone em Março de 2019, rodando a película, passado um ano sobre a destruição vivida.

Yara Costa explicou à Lusa que «sentiu» o lugar e ficou «encantada» com as convivências. «Dombe é um lugar de histórias, toda a gente sabe contar histórias e muito bem», explicou, acrescentando que, «inevitavelmente, o Idai marca muito esta história e vai fazer parte da vida das pessoas».

O objectivo da cineasta é fazer uma produção «voltada para as pessoas» que participaram dela. Para isso, entende que para compreender as pessoas, temos de as ouvir, «mas estar também com elas em silêncio e ouvir o silêncio e as coisas que não são ditas».

«Nós somos contadores de histórias natos, não precisamos ir a Hollywood a toda a hora buscar histórias. Sim, eles têm as histórias deles, mas aqui temos histórias incríveis, mais incríveis do que a de qualquer filme de acção», prossegue, assumindo que quer ser veículo de histórias locais para o mundo e incentivar o cinema comunitário.

A Helpo, organização humanitária portuguesa que tem uma intervenção na área nutricional em Dombe desde que o ciclone, está a apoiar a produção da curta-metragem.

Prevê-se a estreia para a cidade de Chimoio, a capital de Manica, sendo o filme depois exibido em telas gigantes nas aldeias onde decorreram as filmagens, em Dombe.

Yara Costa já produziu uma longa-metragem e duas curtas, nas quais se inclui Porquê Aqui, que espelha a imigração chinesa para África, e Travessia, que conta a história de um rapaz do Haiti que atravessa clandestinamente a fronteira para estudar num país vizinho após um tsunami no seu país.

No seu documentário Entre eu e Deus retrata a radicalização, no islão, de uma jovem engenheira, na Ilha de Moçambique, enquanto decorre uma insurgência armada no norte do país.


Com agência Lusa

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