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Câmara de Lisboa apoia comemorações do centenário da Seara Nova

A realização de um colóquio sobre os 100 anos da Revista Seara Nova é uma das ideias vertidas na proposta do PEV, votada por unanimidade na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, esta terça-feira.

O grupo inicial integrava, entre outros, Aquilino Ribeiro, Augusto Casimiro, Jaime Cortesão, Raul Brandão e Azevedo Perdigão
Créditos / RTP

A proposta do Partido Ecologista «Os Verdes» prevê que a Câmara Municipal de Lisboa apoie a preparação das comemorações do centenário da prestigiada Revista Seara Nova, desde logo estudando a possibilidade de promover um colóquio ou seminário sobre o papel desenvolvido por esta Revista e pelos seus autores na cultura da capital e do País.

A par do evento, o PEV recomenda que a autarquia colabore nas acções de divulgação do centenário da publicação, que hoje mantém uma periodicidade trimestral. 

O partido recorda que a Revista Seara Nova aglutinou intelectuais empenhados na denúncia da ditadura e no reforço da luta antifascista, «constituindo-se como um espaço em que várias ideias e concepções da sociedade e do futuro se encontravam, convergindo em iniciativas unitárias e formas de intervenção cívica e política em prol da democracia e da liberdade».

Foi fundada em Lisboa, em 1921, por figuras do então denominado Grupo da Biblioteca Nacional, como Raul Proença, Jaime Cortesão e Aquilino Ribeiro, entre outros. O primeiro número foi publicado no dia 15 de Outubro do ano fundador, com capa do pintor Tomás Leal da Câmara.

Tal como se recorda na página da revista na internet, o primeiro carimbo da censura, instuída após o golpe militar de 28 de Maio de 1926, surgiu pela primeira vez na edição n.º 94, de 8 de Julho daquele ano.

A 12 de Agosto de 1926, a publicação normal da revista foi interrompida, sendo retomada em 14 de Abril do ano seguinte, com quase toda a sua anterior direcção no exílio.

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