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Adeus a Alicia Alonso, a diva que queria «voar sempre»

A bailarina continuava à frente do prestigiado Ballet Nacional de Cuba (BNC), que fundou, e morreu esta quinta-feira, aos 98 anos, devido a uma doença cardiovascular.

Alicia Alonso completaria 99 anos no próximo dia 21 de Dezembro
Alicia Alonso completaria 99 anos no próximo dia 21 de DezembroCréditosAlejandro Ernesto / EPA

Alicia Alonso estava internada no Centro de Pesquisa Médica Cirúrgica (Cimeq) de Havana, onde morreu, adiantou a Agência Cubana de Notícias (ACN).

A notícia da morte da maior figura da dança cubana espalhou-se pelas redes sociais e há milhares de mensagens de despedida, lembrando que foram «o seu esforço e carisma» que tornaram a dança e a companhia na principal marca da identidade cultural do país.

Uma das mensagens de despedida já publicadas é do Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, que destacou, no Twitter, o «enorme vazio» e «insuperável legado» deixado pela única bailarina latino-americana, que foi prima ballerina assoluta.

«Alicia Alonso deixou-nos e deixa um vazio enorme, mas também um legado intransponível. Ela colocou Cuba no altar do melhor da dança do mundo. Obrigado, Alicia, pelo seu trabalho imortal», escreveu o Presidente cubano.

Esta noite, o BNC, declarado pelo governo Património Cultural da Nação, em 2018, vai homenagear a sua directora e fundadora no Teatro Sauto, em Matanzas, na linguagem que a artista usou para se exprimir: a dança.

«Um artista é uma ave»

Nascida em Havana, em 21 de Dezembro de 1920, de pais espanhóis, Alicia Ernestina da Caridade do Cobre Martínez del Hoyo começou a dançar aos nove anos de idade, desenvolveu parte da sua formação nos Estados Unidos e construiu uma longa e premiada carreira nos principais palcos do mundo.

O apelido Alonso era do seu marido, o bailarino cubano Fernando Alonso, com quem fundou uma companhia de dança em seu nome, em 1948, a que se seguiu a Academia de Dança Alicia Alonso que, no conjunto, depois da Revolução Cubana de 1959, se tornou no Ballet Nacional de Cuba, uma das principais insígnias culturais da ilha caribenha. 

Giselle, Coppélia e La Sylphide estão entre os bailados em que se destacou, desde o tempo em que fez parte do American Ballet Theater, e do Ballet Russe de Montecarlo, antes de regressar a Cuba, na década de 1940.

Entre os muitos prémios que recebeu, contam-se a Ordem José Martí, a mais alta condecoração concedida por Cuba, a comenda da Ordem Isabel a Católica, concedida por Espanha, o prémio Anna Pávlova, da escola superior de Dança de Paris.

Foi também nomeada embaixadora da Boa Vontade da UNESCO, a organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, que lhe atribuiu a Medalha Picasso, destinada a personalidades ou instituições do mundo da arte e da cultura, que se destacam a nível mundial.

Numa entrevista, em Julho de 2011, Alicia Alonso disse que «um artista é como uma ave que quer estar sempre a voar». 


Com agência Lusa

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