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Elevada adesão à greve dos maquinistas na Argentina

O secretário-geral do sindicato La Fraternidad, Omar Maturano, destacou esta quarta-feira a elevada adesão à greve nacional dos maquinistas argentinos, em luta por aumentos salariais.

CréditosAlejandro Santa Cruz / Télam

Em conferência de imprensa, Maturano afirmou que a greve é um exemplo daquilo que podem fazer os trabalhadores organizados.

Sobre a paralisação, que afectou todos os serviços ferroviários do país austral, com excepção dos trajectos de longa distância para Rosario, Mar del Plata, Tucumán e Córdoba, o dirigente sindical disse que se tratou de uma medida dos trabalhadores face à perda de poder compra, num contexto de elevada inflação.

Reafirmou que a medida convocada se ficou a dever à recusa do governo em apresentar uma proposta que permitisse «uma recomposição» salarial «daquilo que se perdeu por causa do aumento inflacionário».

«O rombo no bolso é muito grande e querem-nos impor aumentos por decreto. Isso nós não vamos aceitar», afirmou, garantindo que a luta irá continuar caso o executivo argentino continue como até agora.

Num comunicado anterior à greve, o sindicato La Fraternidad responsabilizou o governo de Javier Milei pelos transtornos causados aos passageiros, afirmando que, «em desconhecimento da lei em vigor, não convocou as partes [representantes dos trabalhadores e patronato] para uma conciliação obrigatória para alcançar uma solução».

Segundo refere a agência Télam, o impacto da greve foi visível nas largas filas nas paragens de autocarros, cujo serviço foi reforçado.

Tanto o Ministério dos Transportes como o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, criticaram a greve convocada pelo La Fraternidad. Adorni disse mesmo que o governo de Milei ia estudar medidas «para que isto não fique sem consequências» e que as eventuais medidas irão alcançar «todos os responsáveis» pela greve.

Ao estilo do ministro Salvini, em Itália, disse que a paralisação era «contra as pessoas», passando a elencar aqueles que se terão visto prejudicados nas deslocações para os seus trabalhos, consultas médicas e lazer devido «à greve de comboios que estamos a viver».

Ainda ao estilo do italiano Salvini, Adorni defendeu que «o sindicalismo deve lutar pelos interesses reais das pessoas», que, ao que parece, não passam pela defesa do aumento dos salários dos ferroviários ou do poder de compra de trabalhadores e reformados.

«O Presidente não faz marcha atrás e não se vai mover um centímetro», disse o porta-voz Adorni, acrescentando: «Aqui há dois caminhos, o da liberdade ou isto.»

Insistindo que os responsáveis por prejudicar um milhão de pessoas não podem ficar «sem consequências», Adorni repetiu o mantra de que o governo está há pouco tempo no poder (73 dias), sem fazer referência à brutal desvalorização salarial, aos despedimentos e à pobreza nesse período ou aos aumentos recentes nos preços dos transportes públicos, da alimentação, da electricidade, dos medicamentos e do material escolar, entre outros.

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