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«EUA são cúmplices dos crimes contra a Palestina»

Fadi Alzaben, embaixador do Estado árabe na Venezuela, disse à Prensa Latina que os «Estados Unidos são cúmplices dos crimes que estão a ser cometidos hoje na Palestina».

Elementos da protecção civil em Gaza retiram corpos de uma enorme vala comum do Hospital Nasser, em Khan Younis, a 21 de Abril de 2024. Até ao momento foram encontrados 283 corpos, entre os quais, afirmam, se encontram pacientes, pessoal médico e refugiados, alguns com marcas de tortura e execução 
Elementos da protecção civil em Gaza retiram corpos de uma enorme vala comum do Hospital Nasser, em Khan Younis, a 21 de Abril de 2024. Até ao momento foram encontrados 283 corpos, entre os quais, afirmam, se encontram pacientes, pessoal médico e refugiados, alguns com marcas de tortura e execução Créditos / PressTV

Em conversa com a agência de notícias cubana, o diplomata palestiniano destacou que aquilo que se está a passar no seu país não começou a 7 de Outubro de 2023, porque «o povo palestiniano é alvo de ataques há 75 anos e sofre um genocídio quotidiano».

«Desde 7 de Outubro já passaram sete meses e assistimos a crimes que nunca havíamos visto na vida», disse Alzaben, frisando que aquilo que hoje está a acontecer na Palestina, na Faixa de Gaza «é uma limpeza étnica, um genocídio».

O embaixador da Palestina na Venezuela, Fadi Alzaben / Prensa Latina

Em Caracas, o diplomata denunciou que o «infame Estado de Israel» matou desde então mais de 34 mil palestinianos, 14 mil dos quais crianças e 11 mil mulheres.

Em seu entender, aquilo que o governo israelita pretende é acabar com a existência do povo palestiniano, mas, dada a dimensão dos crimes cometidos pelo regime sionista na Palestina, neste período também houve «vagas de solidariedade, de apoio a nível mundial e actos de rejeição e repúdio», destacou.

«Afirmo agora que é hora de dizer a Israel que já acabou a cultura da impunidade, que já não é um país impune que pode fazer o que lhe dá na gana contra outros povos», declarou, lembrando que o Estado ocupante também está a atacar a Síria, o Líbano e o Irão.

Questionado sobre as expressões de solidariedade patentes no Encontro para uma Alternativa Social Mundial, que decorreu durante dois dias na capital venezuelana, com a participação de 300 delegados de 60 países, o embaixador declarou que este encontro foi o indicado para dizer a Israel: «Basta de ataques contra os países vizinhos!»

Considerando que Israel deve cumprir a lei, Fadi Alzaben apelou à sua «expulsão do Sistema das Nações Unidas».

Sobre o mais recente veto dos EUA no Conselho de Segurança...

No que respeita ao mais recente veto norte-americano no Conselho de Segurança da ONU, relativo ao reconhecimento pleno da Palestina como Estado, Alzaben sublinhou que Washington «é cúmplice dos crimes que estão a ser cometidos hoje na Palestina».

Neste contexto, afirmou que Israel tem «a ONU e o seu Conselho de Segurança como ferramenta ao serviço do sionismo; esse é que é o problema».

O presidente dos EUA, Joe Biden, diz «estar a favor da solução de dois estados e age contra as suas próprias palavras», o que entra em contradição com o que defende a legislação internacional, acrescentou.

«Nós reconhecemos o Estado de Israel, mas 75 anos depois o mundo ainda se pergunta se reconhece ou não o povo palestiniano», denunciou.

Neste sentido, o embaixador em Caracas exigiu que seja aplicada a Resolução 181 da Assembleia Geral das Nações Unidas, votada a 29 de Novembro de 1947, para que o Estado da Palestina «seja reconhecido de forma imediata e se admita a existência de dois estados como única solução».

A Europa também é cúmplice

Ainda no que respeita à cultura de impunidade, o diplomata palestiniano disse que esta foi cultivada pelos Estados Unidos, e que a «Europa também é cúmplice do que está a acontecer».

«Estou a falar do silêncio cúmplice por inacção, por não tomar medidas, de ser cúmplice da matança e do genocídio contra o povo da Palestina», sublinhou.

«Claro, nós não somos a Ucrânia, não somos outro país; quantas crianças palestinianas têm de morrer para que o mundo actue?, essa é a pergunta; até quando podemos aguentar esta máquina de matança, este genocídio contra o nosso povo?», lamentou, questionando.

«O mundo, a comunidade internacional tem de dizer a Israel "basta!", eles têm de ser boicotados, têm de expulsos das Nações Unidas pelos crimes que cometem contra o nosso povo», insistiu.

Alzaben disse ainda que ouvir representantes de 60 países a repudiar os crimes de Israel contra o povo palestiniano o «enche de esperança e de orgulho». «Sei muito bem que, com este espírito revolucionário, de apoio e solidariedade, a Palestina vencerá», frisou, referindo-se à solidariedade manifestada em Caracas.

O Encontro para uma Alternativa Social Mundial decorreu nos dias 18 e 19 de Abril, em Caracas, por iniciativa da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) e do Instituto Simón Bolívar.

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