Mensagem de erro

User warning: The following module is missing from the file system: standard. For information about how to fix this, see the documentation page. in _drupal_trigger_error_with_delayed_logging() (line 1143 of /home/abrilabril/public_html/includes/bootstrap.inc).

|Argentina

Polícia argentina carrega contra trabalhadores da Cultura

As forças de segurança carregaram e prenderam pelo menos três pessoas durante uma mobilização, em Buenos Aires, em defesa do sector audiovisual, confrontado com cortes, despedimentos e privatizações.

A Polícia da Cidade de Buenos Aires carregou contra as centenas de manifestantes em defesa da cultura e do sector audiovisual, em particular 
A Polícia da Cidade de Buenos Aires carregou contra as centenas de manifestantes em defesa da cultura e do sector audiovisual, em particular Créditos / Página 12

A mobilização, que teve lugar esta quinta-feira à tarde à frente do Cinema Gaumont (que o governo de Milei pretende encerrar e vender), foi convocada pela plataforma Unidos pela Cultura e a Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE).

Além de denunciarem os planos para a centenária sala, centenas de pessoas juntaram-se para protestar contra os grandes cortes na Cultura e os despedimentos no sector.

Denunciaram também as medidas de Carlos Pirovano, presidente nomeado do Instituto Nacional de Cinema e Artes Audiovisuais (Incaa), que acusam de ser um homem do mundo das finanças e sem conhecimento do importante mundo da criação cinematográfica no país austral.

Além disso, os manifestantes defenderam a continuidade dos apoios aos festivais federais, o não encerramento de escolas de cinema e fotografia, e das plataformas Cine.ar e Cine.ar Play.

Segundo refere o diário Página 12, a mobilização assumiu um carácter «massivo», com a participação de trabalhadores do cinema e de outras áreas artísticas, de dirigentes sindicais, de organizações sociais e partidos políticos.

No momento em que os organizadores estavam a dar uma conferência de imprensa, de forma pacífica, a Polícia carregou contra as centenas de pessoas presentes, com empurrões, à bastonada e usando gás lacrimogéneo.

Em declarações à imprensa, o actor Leonardo Sbaraglia destacou a dimensão e a violência da operação policial, «como se estivéssemos armados com espingardas».

«Não temos nada», afirmou, antes de sublinhar que a mobilização era em defesa do cinema argentino, frente a um local emblemático, «onde se estreiam filmes que não se podem exibir noutro lado, onde se defende uma arte que o mercado não apoia».

Greve no Ensino Superior público com «adesão total»

Também esta quinta-feira, trabalhadores docentes e não docentes das 57 universidades públicas da Argentina estiveram em greve, para denunciar os cortes orçamentais e defender a valorização dos salários.

De acordo com os sindicatos, a paralisação dos trabalhadores docentes e não docentes do Ensino Superior público na Argentina foi total / Página 12

A paralisação nacional foi convocada pela Frente Sindical das Universidades, com o apoio da Confederação Geral do Trabalho (CGT) e os dois ramos da Central dos Trabalhadores da Argentina (CTA e CTA Autónoma).

«Desde que Milei é presidente, sofremos 70% de inflação, enquanto os nossos salários apenas subiram 16%», declarou à imprensa Daniel Ricci, secretário-geral da Federação dos Docentes das Universidades (Fedun), acrescentando que «a adesão à greve foi total».

Vincando a necessidade de reverter os cortes orçamentais e de maiores aumentos salariais (tendo em conta a «perda» de 50% do salário nos três meses de governo de Milei), as organizações sindicais afirmaram que a medida de força foi tomada também em defesa do Ensino Superior público, «para que milhares de jovens tenham direito a estudar e para que o país tenha um sistema científico-tecnológico para o seu desenvolvimento autónomo».

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui