«Para a Tyco, a Covid-19 tem as costas largas», afirma o Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI/CGTP-IN) num comunicado aos trabalhadores, em que acusa a administração da empresa de «uma vez mais» se estar «a servir dos direitos dos trabalhadores», ao «afirmar, sem pudor», que estes «"deverão" agendar os "respectivos dias de férias"» para o período compreendido entre 7 e 15 do mês que vem, em que a fábrica Automotive de Évora estará encerrada por decisão da empresa.
A estrutura sindical «opõe-se frontalmente a esta situação», por considerar que a empresa «tem todas as condições» para garantir que aqueles dias não são contabilizados como dias de férias e por defender que a decisão é «da inteira responsabilidade» da Tyco. Além disso – nota –, os trabalhadores sempre estiveram disponíveis para trabalhar, «mesmo nas difíceis circunstâncias em que vivemos actualmente».
«As férias – lê-se no comunicado – são um direito dos trabalhadores, para permitir o seu descanso e a recuperação física e mental», devendo ser marcadas por acordo e «não para fazer face às necessidades das empresas». O SIESI informa que está a analisar a situação e a avaliar as medidas a tomar.
Combater a precariedade e os despedimentos
No mesmo documento, o sindicato destaca a situação dos trabalhadores com vínculos precários, que «não só não vêem o seu empenho, esforço e dedicação devidamente recompensado, como ainda vivem numa permanente instabilidade no trabalho e nas suas vidas».
Neste sentido, o SIESI manifesta a sua oposição «às vagas de contratação/despedimento que têm ocorrido», sublinhando que «a cada posto de trabalho permanente tem de corresponder um vínculo de trabalho efectivo na Tyco».