Só quem não luta é que pode considerar que lutar não dá em nada. Para desmentir esse tipo de afirmações estão os trabalhadores do Matadouro Industrial do Cachão que após se terem organizado e lutado alcançaram um acordo. Como conquistas têm a implementação de uma diuturnidade, no valor de 10 euros, a cada 5 anos de antiguidade na mesma categoria profissional. Para além disto, de forma imediata, três diuturnidades serão aplicadas aos trabalhadores mais antigos, adicionando 30 euros ao seu rendimento mensal.
A estas melhorias soma-se ainda o aumento de 55 euros já concedido em Janeiro, decorrente da atualização do salário mínimo nacional. Decorrente deste acordo, 17 dos 24 trabalhadores da empresa alcançaram um aumento imediato de 30 euros, dois trabalhadores um aumento de 20€ e os restantes um aumento de 10 euros.
Além do aspecto salarial, o acordo também contempla outras conquistas importantes para os trabalhadores do matadouro como o direito à dispensa no dia do seu aniversário, sem qualquer perda de remuneração ou direitos, assim como o direito a 25 dias úteis de férias e subsídio de férias, sem penalizações ou restrições.
A luta não foi fácil já que nos últimos 15 anos não houve qualquer aumento salarial, algo que levou à convergência com o salário mínimo nacional. Como se tal não bastasse os trabalhadores viram ainda o seu Contrato Coletivo expirar por iniciativa das associações patronais do sector e foram abandonados pelo sindicato que os representava, filiado na UGT.
Mesmo com as conquistas alcançadas, segundo o SINTAB, os trabalhadores do Matadouro Industrial do Cachão anunciaram que, a partir de Setembro, iniciarão um trabalho sindical voltado para a apresentação de um caderno reivindicativo para 2024 de forma a dar continuidade à luta desenvolvida.
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