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|desregulação de horários

Trabalhadores da Hanon continuam em luta

Os trabalhadores da Hanon Systems continuam em luta contra o agravamento dos horários de trabalho que põe em causa o direito à conciliação entre o trabalho e a vida pessoal e familiar. O primeiro dia de greve de uma hora, na última sexta-feira, teve uma adesão significativa.

 Trabalhadores da Hanon Systems realizaram uma greve de uma hora no dia 1 de Setembro que causou forte impacto no normal funcionamento da laboração e produção da fábrica.
Trabalhadores da Hanon Systems realizaram uma greve de uma hora no dia 1 de Setembro que causou forte impacto no normal funcionamento da laboração e produção da fábrica.Créditos / youtube

Um comunicado enviado às redacções pelo Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI/CGTP-IN) saúda a luta dos trabalhadores desta empresa de climatização para a indústria automóvel, localizada no parque industrial de Palmela. Revela que, «apesar das pressões que a administração da empresa tem vindo a fazer, não conseguiu impedir a participação dos trabalhadores nesta luta», o que se reflectiu numa «forte adesão na greve da última sexta-feira, dia 1 de Setembro», causando um forte impacto no normal funcionamento da produção da fábrica.

O SIESI afirma que «ficou evidente que os trabalhadores não vão abdicar de lutar contra a alteração aos horários de trabalho, que só visam aumentar a exploração e ameaçam o direito a conciliar o trabalho com a vida pessoal e familiar», e que vão continuar a exigir soluções que respeitem os seus direitos.

«apesar das pressões que a administração da empresa tem vindo a fazer, não conseguiu impedir a participação dos trabalhadores nesta luta»

comunicado SIESI

Os trabalhadores da Hanon realizaram plenários na semana passada onde aprovaram uma resolução que demonstra o seu desagrado em relação «à alteração do horário de trabalho na linha A do VS14», e previsivelmente, noutras linhas. Acrescentam que tal implica «que os trabalhadores passem a laborar ao sábado como dia normal de trabalho, sem que aufiram gratificação em termos de trabalho suplementar», que é hoje pago a 100%.

Nestes plenários foram decididas acções de protesto: uma greve aos sábados, a partir de 26 de Agosto até ao final do ano; e uma greve de uma hora por semana em todos os turnos, que já decorreu no passado dia 1 de Setembro. Segundo informações do SIESI, amanhã haverão novamente plenários dos trabalhadores e na próxima sexta-feira repete-se a greve de uma hora.

Os trabalhadores também exigem que os turnos sejam de 8h para todos, e que o quarto turno não seja penalizado no seu vencimento, sendo este «o turno mais penoso de todos e o mais mal pago», refere o sindicato.

O comunicado revela ainda que a administração da empresa continua intransigente em sentar-se à mesa com o SIESI, justificando com a existência de uma Comissão de Trabalhadores (CT) na empresa. O sindicato acrescenta que, na última sexta-feira, a administração chamou a CT e pediu-lhes «para pararem com a greve que estava a decorrer, assim como as futuras que já estão marcadas pelos trabalhadores em plenário».

É prática deste local de trabalho a realização de contratos de muito curta duração, como sete, nove e 23 dias, assim como o pagamento de valores abaixo do salário mínimo nacional .

O SIESI considera que a atitude da administração «é de desprezo total e desinteresse pelos trabalhadores» e que «pretender dialogar apenas e exclusivamente com a CT demonstra que há uma clara tentativa de retirar proveito e benefício próprio, procurando manipular as vontades e os interesses». Acrescenta que os trabalhadores, que «têm o direito de associação no seu sindicato, depositam nele a sua representação para que zele pelos seus direitos e interesses junto da empresa, para que haja diálogo, liberdade e democracia».

Conclui dizendo que a empresa «deve dialogar com todos, com os sindicatos e a CT, que deve sentar-se à mesa não para gerar conflito, mas evitar e resolver o conflito, pois é nos sindicatos da CGTP-IN (SIESI e SITE Sul), que os trabalhadores depositam a sua confiança».

Para além destas questões, o AbrilAbril apurou, através de informação do sindicato e do acesso a vários contratos de trabalho temporário desta empresa, que é prática deste local de trabalho a realização de contratos de muito curta duração, como sete, nove e 23 dias, assim como o pagamento de valores abaixo do salário mínimo nacional.

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