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|Hotelaria e Restauração

Sindicato denuncia «oportunismo económico» dos donos do Hotel Nave

A administração do Hotel Nave, no Porto, que ao longo de quatro meses beneficiou dos apoios do Estado, decidiu encerrar o hotel para construir um novo e mandou 17 trabalhadores para o desemprego.

Créditos / Booking

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte (CGTP-IN) contesta o facto de a empresa ter recusado todas as propostas da comissão sindical, avançando com o encerramento definitivo do Hotel Nave e o «despedimento colectivo forçado» dos 17 funcionários.

Avança que, para pressionar os trabalhadores a aceitarem o despedimento como facto consumado e não o impugnarem em tribunal, «não pagou o subsídio de natal nos prazos legais», depois de ter beneficiado do lay-off simplificado ao abrigo da pandemia, o que, no entender do sindicato, «representa uma violência e uma ilegalidade sobre os trabalhadores».

Com mais de 60 anos de história, o Hotel Nave, situado no centro da cidade do Porto, dispõe de 81 quartos, 22 apartamentos, restaurante e bar. E, afiança o sindicato, «encontra-se numa boa situação económica, com resultados líquidos nos últimos três anos a crescerem sucessivamente».

Regista, por outro lado, que os sócios do Hotel Nave, detêm mais 22 hotéis a nível nacional e internacional, entre hotéis de charme e hotéis até cinco estrelas. Neste sentido, a comissão sindical propôs que, em alternativa ao despedimento, a empresa transferisse alguns trabalhadores para outras unidades hoteleiras, designadamente os hotéis VIP (12 unidades hoteleiras) e hotéis Olissippo (cinco unidades hoteleiras). Mas a administração recusou todas as propostas, decidiu encerrar o processo e enviar as cartas de despedimento aos trabalhadores.

O sindicato, que já comunicou a situação à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), denuncia que o caso do Hotel Nave representa «mais um oportunismo económico» à boleia da Covid-19, e exige que a empresa pague a dívida aos trabalhadores com juros de mora, conforme previsto na lei. 

Em declarações ao JN, um dos consócios do grupo admitiu que o prédio de seis andares «é para demolir» e que o objectivo é construir de raiz «um belo hotel de quatro estrelas». Afirmações que levam o sindicato a concluir que a verdadeira intenção da administração é «ver-se livre dos trabalhadores para fazer as obras e não pagar salários enquanto estas decorrem» ou «vender o hotel sem trabalhadores».

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