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Sem proposta patronal, greve avança na DS Smith

Em reunião promovida pela administração, os representantes patronais demonstraram que não há qualquer intenção de valorizar os salários nem acabar com as discriminações.

Piquete de greve à porta da fábrica de embalagens da DS Smith, com a presença da secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, em Albarraque, Sintra, a 24 de Julho de 2020. A produção nesta e nas restantes fábricas da empresa: Guilhabreu (Vila do Conde) e Marrazes (Leiria).
Créditos / Fiequimetal

Na reunião da passada quinta-feira, a administração mostrou que continua a ignorar o descontentamento dos trabalhadores, destaca-se num comunicado da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas e Eléctricas (Fiequimetal/CGTP-IN).

A empresa não apresentou qualquer proposta e acabou mesmo por comunicar que as propostas antes apresentadas ficavam suspensas, refere a nota.

A atitude adoptada pela direcção da Nova DS Smith Embalagens levou à convocação da greve decidida em plenários nos dias 14, 15 e 16 de Abril, caso a posição patronal não se alterasse até dia 21.

Seguindo a decisão dos plenários, foi convocada greve de 24 horas para os dias 30 de Abril e 3 de Maio, bem como a todo o trabalho extraordinário, nos dias 1 e 2.

Na resolução então aprovada, os trabalhadores referem que os aumentos salariais propostos não respondem às necessidades e iriam contribuir para um «esmagamento» da tabela salarial relativamente ao salário mínimo nacional. Para além disso, a tabela continua a manter o que consideram ser um «cariz discriminatório» no valor do trabalho, entre gerações, no que toca ao pagamento dos subsídios de turno e alimentação, bem como em outras regalias sociais.

Lembrando que, nos últimos anos, a empresa tem apresentado resultados financeiros positivos, os trabalhadores sublinham que tal não se tem reflectido numa justa distribuição dos mesmos.

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