A decisão dos trabalhadores em avançar com uma nova acção de luta, uma greve de 24h no dia 8 de Março, «visa denunciar a falta de vontade da empresa para negociar o caderno reivindicativo» construído pelos funcionários da Dan Cake, informa, em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB/CGTP-IN).
Facto é que «as negociações de um pretenso Acordo de Empresa não sofrerem evolução», denuncia o sindicato, esta fala negociação está a ser usada pela administração da Dan Cake «como manobra de diversão e chantagem sobre os trabalhadores».
Os trabalhadores querem «aumentos salariais de 10%, mínimo de 100 euros, para 2023», assim como o «fim da discriminação arbitrária nas remunerações, a coberto de um sistema de avaliação que os trabalhadores não conhecem nem controlam». A Dan Cake, defendem os funcionários, deve assumir os 850 euros como «patamar mínimo salarial na empresa».
Para além da greve no dia 8 de Março, a realizar nas duas unidades da empresa: Póvoa de Santa Iria e Coimbra, o SINTAB convoca «todos os trabalhadores da Dan Cake para ações de protesto que se realizarão, nesse dia, em frente a cada uma das unidades de produção».
Face a uma adesão total à greve realizada no dia 9 de Fevereiro, no contexto do Dia Nacional de Indignação, Protesto e Luta convocado pela CGTP, a administração da Dan Cake decidiu chamar a polícia para intimidar os seus próprios funcionários. A tentativa saiu gorada, reforçando a força laboral na reivindicação dos seus direitos.
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