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Número de candidatos é «irrisório». Sindicato da PSP contesta ministro

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) refuta as declarações do ministro sobre a existência de «mais do dobro de candidatos» para a PSP. Número é «manifestamente irrisório», diz.

Os polícias exigem que o Governo dê uma resposta aos problemas do sector
CréditosNuno Fox / Agência Lusa

Num comunicado divulgado esta segunda-feira, a estrutura sindical mais representativa dos polícias contesta as palavras de José Luís Carneiro, ontem também, quando destacou os 1000 novos polícias que dentro de dias terminam o curso e os outros 1000 que vão iniciar formação, salientando ainda a «atractividade das forças de segurança» para as cerca de 1020 vagas a concurso.

«A realidade é tão diferente do discurso político», denuncia a nota da ASPP/PSP. O ministro «assegura que existem 2000 candidatos para preencher as 1000 vagas necessárias. Ignora, desconhece ou omite que ainda se encontram por realizar a maioria das provas de admissão», regista a associação sindical, acrescentando: «O MAI [Ministério da Administração Interna] deveria também assumir que, após a alteração à portaria de admissão à PSP, com a alteração dos critérios de idade, o número de candidatos é manifestamente irrisório.»

Os requisitos de admissão de candidatos à PSP foram alterados através de uma portaria do MAI em Maio deste ano, com a descida da idade mínima de candidatura de 19 para 18 anos e o alargamento da idade máxima dos 27 para os 30 anos. Outra das mudanças é a aceitação de candidaturas de quem ainda está a frequentar o 12.º ano de escolaridade, embora se mantenha a obrigatoriedade da sua conclusão até ao início do curso de formação da PSP.

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ASPP denuncia problemas estruturais na PSP

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) foi ouvida na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças, onde chamou a atenção para um conjunto de problemas estruturais que atingem a PSP.

CréditosAntónio Pedro Santos / Agência Lusa

Na audição, onde marcaram presença os grupos parlamentares do PS, do PSD e do PCP, a ASPP abordou a questão da perda de poder de compra dos profissionais da PSP, face aos «constantes congelamentos passados» e ao aumento salarial de 0,9%, considerando a inflação prevista de 3,7%.

Identificou também as questões das admissões na PSP e da programação de infra-estruturas e equipamentos, sublinhando a necessidade de as medidas anunciadas serem efectivamente concretizadas, de forma a que não «fiquem apenas no campo das intenções».

A ASPP deixou ainda críticas à proposta de Orçamento do Estado para 2022, face à ausência de opções relativas à revisão de carreiras e condições remuneratórias, considerando que «a pouca atratividade da instituição» não se resolve com «alterações estéticas na idade de admissão».

A associação sindical assumiu a necessidade de uma política «valorativa nos vencimentos, na reestruturação dos suplementos e na alteração do valor do risco», bem como alterações em questões de orgânica interna, nomeadamente em relação à mobilidade, à transferência e à habitação.

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«A ASPP/PSP apela ao cidadão e ministro José Luís Carneiro para que trate estas matérias com a atenção, rigor, cuidado e dedicação que Portugal e os cidadãos merecem», pode ler-se na nota divulgada.

A estrutura sindical critica ainda o governante pelas afirmações «falaciosas» sobre o efectivo policial no Aeroporto do Porto. José Luís Carneiro apontou «pouco rigor» à ASPP/PSP por denunciar que o número de efectivos é insuficiente e o sindicato da PSP desafiou o ministro e a comunicação social a visitarem «sem aviso prévio» o Aeroporto Sá Carneiro.

«O ministro da Administração Interna demonstra um total desconhecimento ou branqueia uma realidade que consideramos fantasiosa. A ASPP/PSP tem provas do que afirma, ao nível do efectivo na Divisão Segurança Aeroportuária e do estado da instituição em Portugal», admite a associação sindical, denunciando que «diariamente se retiram polícias às esquadras das cidades limítrofes» para reforçar a Divisão de Segurança Aeroportuária.

Em defesa de um conhecimento mais aprofundado sobre a «infeliz realidade» do sector, o sindicato da PSP defendeu também a realização de uma auditoria ao Centro Operacional do Norte (CONOR) ou ao registo de escalas dos respectivos serviços.


Com agência Lusa

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