«Somos trabalhadores com dignidade, queremos e temos o direito de viver melhor e não aceitamos ser discriminados face aos outros trabalhadores de Limpeza Industrial das diferentes empresas que prestam serviço no Aeroporto de Lisboa», defende o Sindicato dos Trabalhadores de Actividades Diversas (STAD/CGTP-IN), em comunicado.
Apanhadas entre duas concessões, as funcionárias de limpeza dos Serviços Sociais da Universidade do Minho (SASUM) não receberam o subsídio de Natal e 14 dias laborados em Dezembro. SASUM não quer resolver situação. «As trabalhadoras de limpeza industrial são alheias às questões jurídicas de contratos públicos entre os Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM) e as empresas de limpeza industrial», refere o Sindicato dos Trabalhadores de Actividades Diversas (STAD/CGTP-IN), em comunicado. A verdade é que estas funcionárias «continuaram a trabalhar com zelo e profissionalismo e o SASUM continuou a usufruir da força de trabalho destes trabalhadores». O despedimento colectivo dos trabalhadores de uma empresa prestadora de serviços é o motivo da concentração de protesto e denúncia, que tem lugar esta quinta-feira, no aeroporto de Lisboa. Para uma necessidade permanente – a da limpeza dos aviões –, a TAP contrata um serviço externo à multinacional dinamarquesa ISS Facility Services. No sábado passado, o Sindicato dos Trabalhadores das Actividades Diversas (STAD/CGTP-IN) realizou um encontro com os trabalhadores para analisarem a situação e decidirem formas de luta, avançando para uma concentração de protesto, amanhã, a partir das 14h, no aeroporto de Lisboa. O sindicato denuncia que o despedimento dos 116 trabalhadores, entre os quais dirigentes e delegados sindicais, tem como objectivo «destruir a organização sindical existente». Isabel Camarinha, secretária-geral da CGTP-IN, estará na concentração em solidariedade com os trabalhadores. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. A 5 de Dezembro de 2022, a empresa Vez-Limpa (que pagava, sucessivamente, os salários em atraso) perdeu a concessão das limpezas na universidade, passando o serviço a ser assumido, a 19 de Dezembro de 2022, pela Servilimpe. Durante este período, as trabalhadoras continuaram a desempenhar as suas funções. Ao longo de 14 dias, as trabalhadoras limparam a Universidade do Minho sem que ninguém assumisse a responsabilidade pelos respectivos salários, assim como o subsídio de Natal a que têm direito. Enquanto «os clientes das empresas de prestação de serviços têm uma responsabilidade social face aos trabalhadores destas empresas», um serviço social que a elas recorra «tem o dobro dessa responsabilidade», considera o sindicato: não lhe podem fugir. Nas reuniões que o STAD pediu no Ministério do Trabalho, as duas empresas «mostraram disponibilidade para solucionar o problema, mas, infelizmente, os SASUM, até agora, demonstrou total indisponibilidade para o fazer»: ou seja, a Universidade do Minho não aceita pagar, seja de que forma fôr, por esse trabalho, «nem aos trabalhadores directamente, nem a nenhuma empresa para que, por intermédio desta, os trabalhadores recebam o que têm direito». O STAD e as trabalhadoras reivindicam que os SASUM assumam a sua responsabilidade social, exigindo «o pagamento do salário integral de dezembro e do subsídio de Natal». De uma coisa o sindicato está certo: «venceremos». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Trabalho|
Universidade do Minho não paga a trabalhadoras das limpezas
Trabalho|
Protesto contra despedimento de 116 trabalhadores de limpeza da TAP
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A SAMSIC pertence a um grupo francês que presta, em Portugal, «serviços de apoio a instalações, tais como Limpeza, Facility Management, Manutenção Técnica, Espaços Verdes, Serviços de Suporte e Integração de serviços». Entre estes, estão trabalhadores da limpeza industrial a exercer funções no Aeroporto e que exigem um horário de trabalho similar ao dos restantes colegas nessas instalações.
Todos os outros trabalhadores de Limpeza Industrial no Aeroporto laboram sob um regime 4x2, explica o sindicato: 4 dias de trabalho com 2 dias de descanso. «Se as outras empresas de Limpeza Industrial acordaram este regime horário, a SAMSIC também pode criar condições para termos este regime de horário de trabalho», em vez dos 6 dias de trabalho intercalados com 2 de descanso.
É «uma função de elevado desgaste e penosidade». Este horário de trabalho a que são obrigados a aderir já seria, por si só, «muito duro para todos os trabalhadores», mas quando se tratam de «funções tão pesadas e desgastantes», o resultado pode ser catastrófico para a saúde destes profissionais.
Na luta por esta reivindicação, a que acresce a exigência de pagamento de um subsídio de turno e de transporte, os trabalhadores da SAMSIC no Aeroporto lisboeta iniciaram hoje uma greve que se prolonga até ao final do dia 2 de Agosto. A empresa, por agora, remete-se ao silêncio, tentando convencer os trabalhadores de que só em finais de Setembro é que consegue realizar uma reunião com o seu sindicato.
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