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Limpeza Industrial no Aeroporto de Lisboa a braços com dois dias de greve

À proposta de reunião do STAD/CGTP, a SAMSIC, empresa de serviços, afirmou só ter disponibilidade em finais de Setembro. Greve a 1 e 2 de Agosto contra «discriminação» vivida no Aeroporto de Lisboa.

Trabalhadores da SAMSIC no Aeroporto de Lisboa em greve
Créditos / CGTP

«Somos trabalhadores com dignidade, queremos e temos o direito de viver melhor e não aceitamos ser discriminados face aos outros trabalhadores de Limpeza Industrial das diferentes empresas que prestam serviço no Aeroporto de Lisboa», defende o Sindicato dos Trabalhadores de Actividades Diversas (STAD/CGTP-IN), em comunicado.

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Universidade do Minho não paga a trabalhadoras das limpezas

Apanhadas entre duas concessões, as funcionárias de limpeza dos Serviços Sociais da Universidade do Minho (SASUM) não receberam o subsídio de Natal e 14 dias laborados em Dezembro. SASUM não quer resolver situação.

Universidade do Minho 
Créditos / TVeuropa

«As trabalhadoras de limpeza industrial são alheias às questões jurídicas de contratos públicos entre os Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM) e as empresas de limpeza industrial», refere o Sindicato dos Trabalhadores de Actividades Diversas (STAD/CGTP-IN), em comunicado. A verdade é que estas funcionárias «continuaram a trabalhar com zelo e profissionalismo e o SASUM continuou a usufruir da força de trabalho destes trabalhadores».

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Protesto contra despedimento de 116 trabalhadores de limpeza da TAP

O despedimento colectivo dos trabalhadores de uma empresa prestadora de serviços é o motivo da concentração de protesto e denúncia, que tem lugar esta quinta-feira, no aeroporto de Lisboa.

Créditos / STAD

Para uma necessidade permanente – a da limpeza dos aviões –, a TAP contrata um serviço externo à multinacional dinamarquesa ISS Facility Services.

No sábado passado, o Sindicato dos Trabalhadores das Actividades Diversas (STAD/CGTP-IN) realizou um encontro com os trabalhadores para analisarem a situação e decidirem formas de luta, avançando para uma concentração de protesto, amanhã, a partir das 14h, no aeroporto de Lisboa.

O sindicato denuncia que o despedimento dos 116 trabalhadores, entre os quais dirigentes e delegados sindicais, tem como objectivo «destruir a organização sindical existente».

Isabel Camarinha, secretária-geral da CGTP-IN, estará na concentração em solidariedade com os trabalhadores.

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A 5 de Dezembro de 2022, a empresa Vez-Limpa (que pagava, sucessivamente, os salários em atraso) perdeu a concessão das limpezas na universidade, passando o serviço a ser assumido, a 19 de Dezembro de 2022, pela Servilimpe. Durante este período, as trabalhadoras continuaram a desempenhar as suas funções.

Ao longo de 14 dias, as trabalhadoras limparam a Universidade do Minho sem que ninguém assumisse a responsabilidade pelos respectivos salários, assim como o subsídio de Natal a que têm direito.

Enquanto «os clientes das empresas de prestação de serviços têm uma responsabilidade social face aos trabalhadores destas empresas», um serviço social que a elas recorra «tem o dobro dessa responsabilidade», considera o sindicato: não lhe podem fugir.

Nas reuniões que o STAD pediu no Ministério do Trabalho, as duas empresas «mostraram disponibilidade para solucionar o problema, mas, infelizmente, os SASUM, até agora, demonstrou total indisponibilidade para o fazer»: ou seja, a Universidade do Minho não aceita pagar, seja de que forma fôr, por esse trabalho, «nem aos trabalhadores directamente, nem a nenhuma empresa para que, por intermédio desta, os trabalhadores recebam o que têm direito».

O STAD e as trabalhadoras reivindicam que os SASUM assumam a sua responsabilidade social, exigindo «o pagamento do salário integral de dezembro e do subsídio de Natal». De uma coisa o sindicato está certo: «venceremos».

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A SAMSIC pertence a um grupo francês que presta, em Portugal, «serviços de apoio a instalações, tais como Limpeza, Facility Management, Manutenção Técnica, Espaços Verdes, Serviços de Suporte e Integração de serviços». Entre estes, estão trabalhadores da limpeza industrial a exercer funções no Aeroporto e que exigem um horário de trabalho similar ao dos restantes colegas nessas instalações.

Todos os outros trabalhadores de Limpeza Industrial no Aeroporto laboram sob um regime 4x2, explica o sindicato: 4 dias de trabalho com 2 dias de descanso. «Se as outras empresas de Limpeza Industrial acordaram este regime horário, a SAMSIC também pode criar condições para termos este regime de horário de trabalho», em vez dos 6 dias de trabalho intercalados com 2 de descanso.

É «uma função de elevado desgaste e penosidade». Este horário de trabalho a que são obrigados a aderir já seria, por si só, «muito duro para todos os trabalhadores», mas quando se tratam de «funções tão pesadas e desgastantes», o resultado pode ser catastrófico para a saúde destes profissionais.

Na luta por esta reivindicação, a que acresce a exigência de pagamento de um subsídio de turno e de transporte, os trabalhadores da SAMSIC no Aeroporto lisboeta iniciaram hoje uma greve que se prolonga até ao final do dia 2 de Agosto. A empresa, por agora, remete-se ao silêncio, tentando convencer os trabalhadores de que só em finais de Setembro é que consegue realizar uma reunião com o seu sindicato.

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