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Greve dos médicos com 90% de adesão

O segundo dia de greve nacional dos médicos mantém uma adesão que ronda os 90%, segundo os dados de um dos dois sindicatos que convocaram a paralisação.

Os sindicatos dos médicos estão disponíveis para retomar negociações
Os sindicatos dos médicos estão disponíveis para retomar negociaçõesCréditos / Pixabay

Segundo o secretário-geral do Sindicato Independente dos médicos (SIM), Roque da Cunha, a adesão ao segundo dia de greve está a ser muito semelhante à do primeiro, «talvez até um pouco superior».

Em conferência de imprensa, ontem à tarde, o SIM e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) actualizaram os dados referentes à adesão dos profissionais à greve, sublinhando que a paralisação está a ter uma «expressão avassaladora», na ordem dos 90%.

Vários blocos operatórios continuam hoje encerrados, nomeadamente nos grandes hospitais, como Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, Hospital de São João no Porto, Hospital de São José e de Santa Maria, em Lisboa ou Hospital de Ponta Delgada, de acordo com alguns exemplos dados pelo SIM.

Roque da Cunha voltou a apelar ao ministro da Saúde para que o Governo retome as negociações com os sindicatos. Contudo, até ao momento ainda não foi marcada qualquer reunião.

Consultas e cirurgias programadas estão a ser os serviços mais afectados nestes dois dias de greve, com os profissionais a cumprirem obrigatoriamente os serviços mínimos, que contemplam as urgências, quimioterapia, hemodiálise e radioterapia ou transplantes.

Médicos apresentam várias reivindicações

Entre os vários problemas com que se deparam no exercício da profissão, os médicos reivindicam a limitação de 12 horas de trabalho em serviço de urgência e o reajustamento do número de utentes por médico de família, «procedendo à diminuição progressiva dos actuais 1900 para 1550 utentes». 

Os sindicatos pretendem que o trabalho suplementar em serviço de urgência seja limitado a 150 horas anuais, em vez das actuais 200, «acabando com a discriminação negativa em relação à restante Função Pública». Exigem igualmente a reversão dos cortes nas horas extraordinárias e o pagamento a 100% para todos os médicos, com efeitos retroactivos a 1 de Janeiro. 

A abertura imediata dos concursos de progressão na carreira médica, a existência de medicina do trabalho em todos os estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a regulação do internato médico, a diminuição da idade da reforma e mais apoio para os médicos de família são outras exigências destes profissionais.

Os médicos também defendem a reformulação dos incentivos à fixação em zonas carenciadas, a revisão da carreira médica e das respectivas grelhas salariais e o respeito integral pela legislação laboral médica, nomeadamente quanto ao descanso compensatório.

São ainda exigidas medidas imediatas de solução para a situação dos médicos que não tiveram acesso às vagas no Internato Médico, nomeadamente o grupo inicial de 114 médicos que estão a ser alvo de avisos de despedimento, bem como a definição de medidas que combata o crescimento de médicos indiferenciados e sem acesso à formação médica especializada.


Com Agência Lusa

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