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Fábrica de calçado Helsar encerra e deixa 57 sem emprego

Cerca de 40 trabalhadores protestaram esta terça-feira à porta da fábrica com o objectivo de pressionar a administração para a assinatura do processo de insolvência. Querem uma saída «digna».

A Fesete considera que «é hora de o patronato mudar de estratégia»
Créditos / tamegasousa.pt

A administração da Helsar, histórica fábrica de calçado em São João da Madeira, informou, esta segunda-feira, de que ia encerrar. Os trabalhadores reclamam agora o subsídio de Natal, o salário de Dezembro e os dias de férias não gozados.

Segundo noticiou o Dinheiro Vivo, os trabalhadores reconheceram que, nos últimos meses, a fábrica estava a diminuir a produção e que a situação se «agravou». «Fomos parando secções, não havia matéria-prima para as encomendas. Fomo-nos apercebendo, dia após dia, que a intenção da administração era deixar de produzir», referiu um dos funcionários.

Mas o maior problema é que o processo de insolvência pode levar meses. «Entretanto, ficamos sem qualquer tipo de rendimento», lamenta o funcionário. Uma vez que o reconhecimento da insolvência ainda não foi assinado, os trabalhadores não podem nem procurar outros empregos, nem inscrever-se no centro de emprego. 

Esta terça-feira, cerca de 40 funcionários protestaram à porta da fábrica, manifestando vontade de cumprir o horário de trabalho e tentanto «salvaguardar o património que lá está dentro». Exigiram ainda à administração a assinatura do processo de insolvência para uma saída «digna».

O Sindicato dos Nacional dos Profissionais da Indústria e Comércio do Calçado (CGTP-IN), através da dirigente Fernanda Moreira, considera a situação «lamentável» uma vez que muitos dos trabalhadores são casais e que, sem poderem inscrever-se no centro de emprego, «só lá para Fevereiro é que começam a receber alguma coisa».

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