A soberba da administração da EDP esbarrou na determinação e coragem dos seus trabalhadores. Depois de se recusarem «a fazer justiça», valorizando em termos salariais a dedicação e experiência de quem todos os dias dá a cara pela empresa, confiantes de que os trabalhadores nada fariam, a EDP vê-se a braços com a convocação de uma greve a todas as horas extra no mês de Dezembro.
O resultado não tardou em se fazer notar: a administração da EDP já endereçou um pedido de nova reunião à comissão sindical da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN) «para debater os problemas que por ela foram criados».
Durante a reunião mediada pela Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT, Ministério do Trabalho), a Fiequimetal «recusou terminantemente adiar a luta e não deu acordo aos serviços mínimos pretendidos pela administração. A definição dos serviços mínimos ficou, assim, a cargo do Ministério».
Este é o momento certo para «valorizar as carreiras e os salários dos trabalhadores das empresas do Grupo EDP», defende a federação sindical, realçando o facto de «que não há conquista de direitos sem a força reivindicativa de quem trabalha».
A federação e os seus sindicatos (SIESI, SITE CSRA, SITE Centro-Norte e SITE Norte, filiados na CGTP) apelam a que todos os trabalhadores «se unam em torno da defesa do que é seu por direito», participando em massa nos plenários que se vão realizar nos próximos dias, fazendo ouvir a sua voz.
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