Até pode haver pontos positivos no documento apresentado pelo Governo, mas ainda estão longe de satisfazer as vontades dos docentes. Esta é pelo menos a visão da Fenprof, que hoje, após a última reunião com o Governo, optou por não assinar a proposta de acordo que deixa docentes para trás.
O processo negocial iniciado a 3 de Maio tinha como propósito devolver aos docentes o tempo de serviço e o Ministério da Educação, Ciência e Inovação e a Federação Nacional de Educação e outra estruturas até assinaram um acordo que foi vendido como tal, mas a questão é que dele ficam de fora 25 000 professores, algo que a Fenprof encara como profundamente negativo.
Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof até reconhece que a proposta de acordo representava um avanço consagrado com a luta que foi desenvolvida, mas que ainda apresentava limitações por todos aqueles que deixava de fora.
Face a isto, a luta é o caminho para alcançar a justiça e, sabendo de antemão que a Fenprof não iria aceitar o acordo proposto, o ministro, de forma insultuosa, disse considerar que a federação «nunca foi parte da solução» e disse duvidar, por vezes, que a educação e os professores sejam a «sua grande preocupação».
À saída da reunião, Mário Nogueira, face às declarações, disse: «Isto é lamentável, merece o nosso repúdio e dissemos ao ministro que não lhe admitimos isso em momento algum. É o primeiro processo negocial em que estamos com ele, não tem o direito de fazer uma afirmação dessas», e caracterizou as mesmas de «absolutamente execráveis».
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