Organizados no Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro-Norte (SITE C-N/CGTP-IN), os trabalhadores decidiram num plenário realizado a 23 de Janeiro a realização desta greve, que se manteve, uma vez que a posição patronal não se alterou.
Segundo o comunicado da Fiequimetal/CGTP-IN (Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas), os salários nesta empresa são baixos, o que decorre da estratégia de subcontratação implementada pela EDP há vários anos. O caderno reivindicativo de 2016 começou a ser negociado com a Manpower, depois de esta, em Maio, ter substituído a Redware (Reditus) como prestadora do serviço. Então foram exigidos aumentos salariais, tendo em conta que, desde o ano anterior, não houve actualização dos salários, excepto os que foram impostos pelo novo valor do salário mínimo nacional.
Sem resposta positiva da empresa, o sindicato e os trabalhadores exigem mais 40 euros para todos em 2017 e não abdicam de recuperar as perdas de 2016.
A federação sindical sublinha que foi conseguida a satisfação de algumas reivindicações, como o direito a pausas de 15 minutos e o aumento do subsídio de refeição, mas que a administração da Manpower não respondeu a outras questões.
Os trabalhadores ficaram particularmente descontentes com a intenção da empresa de reduzir o número de escalões salariais e alterar a forma como se processa a evolução dos trabalhadores. A Manpower pretende que, durante os primeiros quatro anos de trabalho, todos recebam o salário mínimo nacional (557 euros), que quem estiver no quinto ou sexto ano de serviço receba 560 euros, passando a receber 565 euros nos dois anos seguintes. Os trabalhadores não consideram estes salários satisfatórios e por isso reivindicam o seu aumento.
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