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Utentes da AML voltam a ser alvo de injustiça

A decisão tomada pela Rodoviária de Lisboa (RL) de acabar com os passes combinados com a Carris e Metro agrava o custo da mobilidade para os utentes que trabalham mas não vivem em Lisboa.

A Rodoviária de Lisboa serve os concelhos de Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira
A Rodoviária de Lisboa serve os concelhos de Loures, Odivelas e Vila Franca de XiraCréditos

De acordo com nota emitida ontem pela RL, a mobilidade dos utentes que trabalham nos concelhos de Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira, vai ficar mais cara.

No fundamental, «deixarão de ser vendidos os seguintes passes combinados: Carris/ML/RL1 – 45,45 euros, Carris/ML/RL2 – 55,65 euros e Carris/ML/RL3 – 63,55 euros», salvaguardando-se no comunicado que «até dia 25 de Março manter-se-ão as actuais condições».

A decisão tomada unilateralmente pela empresa dificulta ainda mais a vida dos utentes que diariamente utilizam a RL para entrar na capital, mas também utilizam o Metro ou a Carris, pois são obrigados a comprar o passe intermodal.

O primeiro secretário da Comissão Executiva da Área Metropolitana de Lisboa (AML), Demétrio Alves, esclareceu ontem que «o passe intermodal é mais caro do que o combinado que existia e, portanto, isto vai ter uma repercussão intensa nos utentes da rede de transportes».

De acordo com a informação disponível no seu site, a RL serve cerca de 400 mil utentes e transporta diariamente 200 mil passageiros.

«Preços aumentam mas o serviço piora»

Cecília Sales, da Comissão de Utentes dos Transportes de Lisboa, interroga-se sobre a legalidade da decisão anunciada pela RL e acrescenta que é mais uma medida a discriminar os utentes da AML – recordem-se os descontos aplicados pelo Governo desde o passado dia 1, data em que a Carris transitou para a autarquia da capital. 

A responsável refere a «injustiça» de se subtraírem linhas e carreiras, e de simultaneamente se aumentarem os tempos de espera e os preços. «A falta de investimento nos transportes públicos tem conduzido a esta situação degradante», salienta.

Uma política integrada de transportes

São mais de dois mil os tipos de bilhetes e passes existentes na AML. O cenário evidencia a necessidade de aplicação de uma política que promova a mobilidade das populações e contribua para a contenção dos preços dos transportes.

Cecília Sales afirma que além dos custos que pesam sobre as famílias, a ausência de uma lógica integrada privilegia a utilização do transporte individual que, sendo mais cómodo, por vezes também é mais barato.

«É incrível quererem que as pessoas circulem na cidade sem carro», diz Cecília Sales para denunciar a campanha em torno da utilização dos transportes públicos. «Não basta apregoar, há que dar condições de mobilidade às pessoas, nomeadamente a existência de parques de estacionamento grátis», sugere.

A existência de um passe social intermodal para toda a AML esteve em discussão nos municípios, a partir de um projecto-lei apresentado pelos comunistas na Assembleia da República, em Maio do ano passado. O documento acabaria por ser chumbado no Parlamento, em Novembro, com os votos do PSD, PS e do CDS-PP.

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