Num comunicado divulgado esta quinta-feira, o Ministério cubano dos Negócios Estrangeiros (Minrex) atribui «profundo significado» a um facto que contribuirá para o «desenvolvimento científico e a saúde de ambos os povos».
«Cuba e a Federação Russa assinaram um acordo para a criação de uma empresa mista dedicada ao desenvolvimento, à produção e à comercialização de produtos biofarmacêuticos», lê-se no documento, que revela que a empresa será designada Sinergia Global Biofarmacéutica.
A nova empresa, a primeira do género com participação cubana na Rússia, «inicialmente irá concentrar-se no desenvolvimento de medicamentos de alto impacto em áreas como a oncologia, doenças cerebrais, doenças autoimunes e outras doenças crónicas não transmissíveis», diz o comunicado.
Para a diplomacia cubana, o esforço conjunto constitui «a materialização da vontade política partilhada de promover a soberania tecnológica e colocar a ciência ao serviço da humanidade».
A parte cubana sublinha o facto de o acordo agora firmado possuir um alcance que ultrapassa a dimensão bilateral, «projectando-se como um benefício tangível para as populações da América Latina e da Eurásia».
Este passo, afirma ainda o texto divulgado pelo Minrex, «reforça a integração entre dois países que, unidos pelos princípios da solidariedade e do respeito mútuo, estão a avançar firmes na construção de um mundo multipolar e na defesa da vida».
«Com esta aliança, Cuba e Rússia demonstram, mais uma vez, que a verdadeira cooperação entre os povos se mede pela capacidade de criar, produzir e partilhar soluções que dignifiquem a existência humana», destaca o texto.
No final de Fevereiro deste ano, uma delegação cubana deslocou-se à Rússia, tendo mantido um encontro em Moscovo no qual se discutiu o reforço da cooperação bilateral e foram abordadas potencialidades de desenvolvimento das indústrias biotecnológicas e farmacêuticas.
Após a conclusão do encontro, em que a parte caribenha apresentou as suas potencialidades do sector dos fármacos, um responsável da BioCubaFarma, Eulogio Pimentel, referiu-se a «um terreno muito fértil para a colaboração» entre ambos os países, bem como à possibilidade do surgimento da primeira empresa mista na área da indústria biofarmacêutica, que agora se materializa.
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