Num comício realizado esta semana, Rixi Moncada, candidata presidencial pelo partido Liberdade e Refundação (Libre), chamou a atenção para as tentativas da oposição de direita de sabotar as eleições gerais no país centro-americano, marcadas para 30 de Novembro.
Moncada disse que o seu partido está preparado para fazer frente a qualquer irregularidade e prometeu agir com firmeza perante aquilo que classificou como «tentativa de fraude».
Falando na presença de mais de 30 mil pessoas na cidade de Juticalpa (centro do país), Moncada dirigiu duras palavras aos seus adversários, os candidatos Nasry Asfura (Partido Nacional) e Salvador Nasralla (Partido Liberal): «Nem se atrevam a tentar roubar a vitória à resistência popular e ao povo hondurenho», declarou.
Moncada, que integrou o governo da presidente Xiomara Castro como ministra da Economia e, depois, como ministra da Defesa, abordou a história política recente das Honduras, tendo recordado a participação dos dois partidos da oposição no golpe de Estado contra Manuel Zelaya, em 2009, e nas «fraudes eleitorais de 2013 e 2017», que beneficiaram Juan Orlando Hernández, do Partido Nacional, e «tiraram a vitória ao povo».
«Se tentarem um golpe, uma nova fraude, eles [a direita] vão ver a nossa erupção, como nos tornamos o maior vulcão da história das Honduras, para defender a democracia», disse a candidata presidencial progressista, citada pela TeleSur.
Rixi Moncada, que também foi ministra do Trabalho no governo de Manuel Zelaya (entre 2006 e 2008), referiu-se aos registos de áudio recentemente divulgados pelo Ministério Público que apontam para uma conspiração dos sectores da direita com vista a alterar os resultados eleitorais.
Neste sentido, pediu aos seus apoiantes que se mobilizem e estejam preparados, vigiando os locais de voto, de modo a impedir aquilo que designou como um «plano macabro e sinistro».
A 30 de Novembro, mais de 6,5 milhões de eleitores podem votar na eleição do presidente hondurenho, de 128 deputados ao Congresso Nacional, 298 presidentes de municípios e 2168 representantes nas autarquias locais, bem como de 20 deputados do Parlamento Centro-Americano.
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