Depois de um artigo escrito por si na passada semana sobre a União Bancária e o desenvolvimento de monopólios bancários, Maria Luís Albuquerque continua o seu caminho de desenvolver uma política em torno dos grandes interesses financeiros.
Neste sentido, a comissária europeia de Estabilidade Financeira convocou uma reunião com diversos representantes do sector financeiro, para o dia 2 de Dezembro, que contará com a presença de banqueiros, assim como associações empresariais e de consumidores. Este espaço de discussão centra-se na estratégia desenvolvida pela Comissão Europeia no sentido de reforçar a competitividade da economia da União Europeia.
No fundo, a reunião que ilustra a promiscuidade existente entre o poder económico e o poder político visa ouvir os convidados sobre um pacote de alterações às regras bancárias. Recorde-se que Maria Luís Albuquerque defende uma flexibilização de capitais e a criação de monopólios bancários de forma a competir com os EUA e, para isso, precisa que os Estados deixem de regular o capital financeiro.
Além deste aspecto, a comissária europeia quer assim atender às exigências dos bancos que se queixam das elevadas exigências de capital, defendendo uma defende-se uma redução dos requisitos na ordem dos 100 mil milhões, alegando que tal iria facilitar a concessão de empréstimos sem colocar em causa a estabilidade económica.
Entre os convidados estão representantes do BCP e da CGD. Miguel Maya, CEO do BCP, tem sido um dos porta-vozes dos interesses financeiros portugueses e, como tal, tem sido vocal sobre o tema da simplificação regulatória e na crítica aos reguladores.
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