Enquanto há força no braço que vinga. Ao longo dos últimos anos, as trabalhadoras da Dan Cake (nas unidades de produção de Póvoa de Santa Iria e Coimbra) têm travado um inquebrantável combate pela valorização salarial e a segurança dos seus postos de trabalho. Ainda que o patronato continue a chamar a polícia contra os seus trabalhadores e a aplicar aumentos risíveis de poucos euros acima dos Salário Mínimo Nacional (SMN), o combate continua.
Pela quinta vez em 2025, as trabalhadoras desta empresa vão paralisar completamente a produção, denunciando «a miséria salarial» imposta na empresa pelo patronato da Dan Cake e da multinacional Biscuit International, afirma o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB/CGTP-IN), em comunicado enviado ao AbrilAbril.
A aquisição pela Biscuit International em 2021 adicionou ainda outro foco de instabilidade na vida destas profissionais. A multinacional, pela mão da Platinum Equity, vendeu todo o património da empresa portuguesa a um fundo gerido pela Caixa Agrícola (por 22 milhões de euros). A primeira medida após a compra da Dan Cake foi alienar todo o espólio da empresa: «os espaços físicos foram todos vendidos». Ainda assim, a operação da empresa continua, tendo a Dan Cake alugado as próprias instalações, que acabara de vender, por um período de 10 anos.
No dia da próxima acção de luta, a realizar na quinta-feira, 9 de Outubro, vai ser realizada uma assembleia de trabalhadores para anunciar mais uma greve em Novembro, antecipando a greve nacional e manifestação da CGTP-IN no dia 8 de Novembro. O SINTAB e as trabalhadoras da Dan Cake já têm a sua presença marcada.
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