|País Basco

Trabalhadores da Digi Bizkaia em luta contra a precariedade

Com os três dias da greve em curso, os trabalhadores da Digi Bizkaia lutam pelos seus direitos e condições de trabalho, afirmou o sindicato LAB, ao denunciar a «precarização» que a empresa pretende impor.

Trabalhadores da Digi Biscaia em greve, a 23 de Setembro de 2025 Créditos / LAB

O sindicato LAB emitiu uma nota de imprensa esta terça-feira, coincidindo com o primeiro de três dias de greve consecutivos convocados para esta semana na Digi Bizkaia (País Basco), uma vez que os trabalhadores rejeitam a «precarização que pretende impor» a empresa, na sequência de um acordo celebrado a nível estatal com as centrais CCOO e UGT.

De acordo com o sindicato basco, esta situação não deixa outra alternativa que não seja «parar e vir para a rua defender os direitos e condições de trabalho alcançados por via da luta no acordo do sector metalúrgico biscainho e da luta social» no País Basco.

«Queremos denunciar o acordo colectivo assinado recentemente por CCOO, UGT e o grupo empresarial Digi, que levará a uma deterioração» das condições laborais da «força de trabalho da Digi ao nível do País Basco, conduzindo os trabalhadores a uma situação de absoluta precariedade», declara o LAB.

A central sindical denuncia que CCOO e UGT são praticamente inexistentes no País Basco e, apesar disso, «procuram impor um acordo colectivo estatal que passa por cima da vontade dos trabalhadores bascos».

«Tentam vender a ideia de que procuram "homogeneizar" as condições de trabalho para evitar desigualdades. Mas nós sabemos bem o que isso significa: cortar direitos onde mais foram conquistados», afirma o LAB.

De acordo com a organização sindical, tal convénio, celebrado em Julho em Madrid, não só não vai melhorar as condições de trabalho, como «perpetua os baixos salários, alarga a jornada laboral, limita direitos fundamentais, num sector já marcado pela instabilidade e a pressão constante».

Sublinhando que «não vai aceitar nem retrocessos nem migalhas», o LAB congratula-se pelo facto de outros pontos do País Basco (Álava e Guipúscoa) e do Estado espanhol (Galiza e Cantábria) se juntarem a esta «frente sindical perante a imposição/precarização».

A este propósito, recorde-se que a Confederação Intersindical Galega (CIG) também agendou para 23, 24 e 25 de Setembro jornadas de greve nas lojas que a empresa de telecomunicações tem na Corunha, contra o corte de direitos e a imposição do acordo celebrado entre Digi, CCOO e UGT, que representa um retrocesso «inaceitável».

No País Basco, o LAB apela à organização e à mobilização com o propósito de reverter «este ataque e conquistar condições justas e dignas», e exige respeito pela negociação colectiva «no seu âmbito natural», sublinhando que é no País Basco que os trabalhadores bascos e as organizações que os representam devem decidir as suas condições de trabalho.

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