Nacional

Não será nesta legislatura, nem na próxima. O programa do Partido Socialista estabelece como meta o prazo de dez anos para acabar com as propinas. Já o manifesto eleitoral da Juventude Socialista só promete «retomar a discussão sobre o descongelamento».

Cada vez mais pessoas que perderam a casa ou o quarto onde viviam por dificuldades financeiras procuram as urgências hospitalares em busca de um tecto, alimentação e higiene. 

Ana Paula Martins que disse na Assembleia da República que os problemas do SNS não se resolvem com mais dinheiro é a mesma ministra da Saúde que o aumento da mortalidade infantil deve-se à falta de investimento dos seus antecessores. 

Em plena campanha eleitoral a direita procura criar polémicas estéreis para não ver as suas ideias dissecadas. No entanto, analisando o programa eleitoral da AD, da Iniciativa Liberal e do Chega entende-se que os objetivos são os mesmos e acabar com o SNS é um deles. 

O fecho de blocos de partos por falta de médicos, obrigando grávidas a fazer dezenas de quilómetros, e utentes «reféns de linhas telefónicas» são algumas das críticas ao Ministério da Saúde feitas pela presidente da FNAM.

O corte à volta de 74% no financiamento base por cada cientista integrado em 117 unidades de investigação e desenvolvimento, avaliadas com «Muito Bom», está a ser alvo de crítica. PCP exige reversão.

À margem de uma iniciativa sobre o tema, o AbrilAbril ouviu João Ferreira e António Filipe sobre as propostas da CDU para reconverter património público em habitação a preços controlados.

A pretexto da greve, a IL aproveitou para voltar a propor a privatização da CP. Num ataque aos sindicatos, os neoliberais insinuam que no privado acabava a contestação. Como os dados não o comprovam, ou a IL está a defender a repressão ou ignora a realidade.

Para criar um pacote de 10 mil milhões de ajudas às grandes empresas a AD agiu prontamente. Agora, para satisfazer as necessidades dos trabalhadores da CP, Miguel Pinto Luz diz que «o Governo está em gestão» e acusa a greve de ser «política» por ser realizada em período eleitoral.

André Ventura voltou hoje a defender a descida do IRC para os 15%. Para além de beneficiar as grandes empresas que lucram milhões e continuam a pagar salários de miséria, o Chega quer ainda desagravar a tributação dos lucros distribuídos. 

A flat tax de 15% era a grande bandeira da Iniciativa Liberal, mas parece que desapareceu depois de duras críticas. A proposta é agora do Chega, ainda que de forma meio escondida. 

Foi mais de forma do que de conteúdo o último debate dos partidos com assento parlamentar, desta vez na rádio, e um dia após o debate, também a oito, na RTP.