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Maioria quer mais investimento nos transportes colectivos

Transportes públicos não respondem à maioria dos portugueses

Os portugueses gastam, em média, mais de oito horas por semana nas deslocações para o trabalho, cerca de uma hora e meia por dia, e são dos menos satisfeitos com o investimento nos transportes colectivos.

Utentes à entrada para as composições do metro na estação do Cais do Sodré, em Lisboa. O aumento do tempo de espera entre comboios e a utilização de comboios com apenas três carruagens originou grandes concentrações de utentes nas estações e grandes constrangimentos na utilização do Metropolitano de Lisboa. 15 de Novembro de 2016.
Utentes à entrada para as composições do metro na estação do Cais do Sodré, em Lisboa. O aumento do tempo de espera entre comboios e a utilização de comboios com apenas três carruagens originou grandes concentrações de utentes nas estações e grandes constrangimentos na utilização do Metropolitano de Lisboa. 15 de Novembro de 2016.CréditosMiguel A. Lopes / Agência LUSA

Os dados são do Observatório Europeu de Mobilidade, num estudo realizado pela Ipsos e pelo Boston Consulting Group, a que a edição de hoje do Jornal de Notícias faz referência. Em vários indicadores, a situação portuguesa compara desfavoravelmente com a média europeia, como o número de pessoas que recorrem ao transporte individual, satisfação com o investimento em transportes colectivos e fluidez de trânsito em hora de ponta.

O estudo incide sobre dez países da União Europeia e foram inquiridas cerca de mil pessoas em cada um. A percentagem de portugueses que diz que usaria menos o carro e mais os transportes colectivos se houvesse mais investimento nos transportes públicos só é inferior à registada na Grécia.

Cerca de dois terços consideram que o investimento público nas redes viária e ferroviária é insuficiente e apontam a falta de ligação entre as diversas modalidades de transporte colectivo. A estes dados, acrescenta-se que 83% dos portugueses inquiridos referem a falta de um título único de transporte.

82%

dos portugueses usariam mais transportes colectivos se existisse maior investimento público

Só na Área Metropolitana de Lisboa (AML) existem mais de dois mil títulos de transporte e o passe social intermodal (L123) não abrange todo o território da AML. A situação é agravada por várias empresas concessionárias não estarem integradas no passe social, como a Fertagus ou a Metro Transportes do Sul, ou ainda com a exclusão de carreiras da Transportes Sul do Tejo (TST), da Rodoviária de Lisboa (RL) ou da Vimeca.

Apesar de as 18 assembleias municipais da AML terem aprovado, recentemente, uma proposta de alargamento do passe social intermodal a todos os transportes colectivos e a toda a área geográfica da AML, a iniciativa (apresentada pelo PCP) acabou por ser travada na Assembleia da República com os votos contra do PSD e do PS, e com a abstenção do BE.

Em relação à Área Metropolitana do Porto, uma proposta idêntica, que pretendia consagrar o Andante como passe social intermodal na região, acabou por ter o mesmo resultado.

As empresas públicas de transporte de Lisboa são das que recebem uma menor percentagem de subsídios públicos face às receitas totais. Se, em média, as empresas de transportes das principais capitais europeias são financiadas por receitas públicas em mais de 50%, no Metro de Lisboa essa percentagem não chegava a 15% e na Carris era de 3,4%, em 2014.

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