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Tomás Correia condenado por irregularidades no Montepio

O Banco de Portugal condenou Tomás Correia, sete ex-administradores e o próprio Banco Montepio por irregularidades com concessão de créditos, de 2008 e 2015. A teia estende-se à PT e a Ricardo Salgado. 

Tomás Correia
Tomás CorreiaCréditosJosé Sena Goulão / Agência LUSA

Actual presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, Tomás Correia foi condenado a pagar 1,25 milhões de euros mas já anunciou que vai recorrer da decisão. Em causa, segundo avançou o Público, estão irregularidades verificadas enquanto presidente da Caixa Económica Montepio Geral (actual Banco Montepio), entre 2008 e 2015. 

Os sete administradores que integraram a equipa de Tomás Corrreia receberam multas inferiores, mas o Montepio terá de pagar 3,5 milhões de euros. 

A decisão do Banco de Portugal foi revelada ontem, na sequência de uma auditoria forense à Caixa Económica Montepio Geral, que teve início em 2014. Para além das multas, adianta o jornal, o Banco de Portugal decretou a inibição de actividade no sector financeiro.

Fonte ligada a Tomás Correia recusa falar de condenação. À agência Lusa disse que se trata apenas de «uma decisão» que irão impugnar, acrescentando que as contra-ordenações «recaem sobre processos de crédito concedidos a empresa do grupo» e «não inibem a actividade profissional» do gestor.

Investimentos e créditos de risco 

Entre os crimes apontados está «a quebra das regras de controlo interno» e o «não respeito pelas normativas definidas nos regulamentos», que, revela o diário, «justificaram a concessão de crédito de financiamentos de elevado montante» a alguns clientes, nomeadamente a Paulo Guilherme e ao seu pai, José Guilherme, «próximos de Tomás Correia».

Num trabalho anterior, o Público dava conta de que, em Abril de 2014, a Caixa Económica Montepio Geral tinha investimentos especulativos e empréstimos de risco de cerca de 850 milhões de euros a apenas nove clientes, entre os quais estavam os grupos Espírito Santo, com 120 milhões, os construtores José Guilherme e Jorge Silvério, com igual valor, e a PT, com 114,2 milhões de euros.  

Em 2009, José Guilherme, amigo de Ricardo Salgado, contraiu empréstimos junto da Caixa Económica Montepio Geral de 8,5 milhões de euros, valor que haveria de «oferecer» ao ex-presidente do BES no mesmo ano. No total, o construtor recebeu do Montepio cerca de 28,4 milhões de euros que ainda estarão por liquidar.

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