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Salário Mínimo de 1000 euros? Era bom, mas a direita e PS não deixam

No país real, segundo o INE, em 2023, 9,2% dos empregados estavam em risco de pobreza já depois de transferências sociais. Neste sentido, o PCP apresentou a proposta de aumento do Salário Mínimo Nacional em 1000 euros para 2025. Direita recusou uma vida digna a quem trabalha. 

CréditosAntónio Pedro Santos / Lusa

Mantendo-se fiel ao compromisso assumido com o povo e os trabalhadores, o PCP não desiste do combate e não compra a narrativa das inevitabilidades. Como tal, os comunistas voltaram à carga pelo aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN), considerando-o um aumento urgente, justo e necessário. 

Diz o enquadramento da proposta apresentada que «na senda da Revolução de Abril, a instituição de um Salário Mínimo Nacional visava, como parte de um conjunto de direitos sociais garantidos aos trabalhadores num Portugal Democrático, “(…)  abrir caminho para a satisfação de justas e prementes aspirações das classes trabalhadoras e dinamizar a atividade económica”». 

Dado este elemento, pela voz do deputado Alfredo Maia, o PCP vincou que, segundo o INE, «em 2023, 9,2% dos empregados estavam em risco de pobreza já depois de transferência sociais, encontram-se nessa situação 10% dos homens e 8,3% das mulheres que
trabalhavam nesse ano». Ou seja, hoje, o SMN não concretiza o propósito com que fora criado. 

Neste sentido, tendo em conta que nunca como hoje se produziu tanta riqueza, mas continua a assistir-se a uma profunda injustiça social, com uma pequena percentagem da população a deter mais de metade da riqueza, enquanto a esmagadora maioria dos portugueses fica com uma pequena fatia dessa riqueza, o PCP avançou para a proposta do SMN nos 1000 euros já em 2025.

Considerando insuficiente o aumento previsto de 820 euros para 870 euros mensais para o início de 2025, o PCP entende que fixar o SMN nos 1000 euros é um objectivo da luta dos trabalhadores por aumentos salariais.

Apesar de todas as razões e mais algumas, como não podia deixar de ser, a direita optou por chumbar esta emergência nacional. Juntando forças, PSD, CDS-PP e Iniciativa Liberal chumbaram a proposta do PCP, ao que se juntaram as abstenções de PS e Chega. 

Também o Bloco de Esquerda apresentou uma proposta de aumento do SMN, mas não acompanhando as reivindicações dos trabalhadores. Entendem os bloquistas que o melhor era ser de forma faseada, com 950 euros em Janeiro e os 1000 euros só em Julho. Também esta proposta foi chumbada. 
 

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