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Eleições internas do PSD agendadas para 13 de Janeiro

Rio e Santana: sintonia absoluta com o legado de Passos e Maria Luís

Rui Rio disse que, «se procuram grandes diferenças ideológicas entre mim e Santana Lopes, não vão encontrar», em entrevista à RTP. Ambos reivindicaram o «mérito» do anterior governo para a eleição de Centeno para a presidência do Eurogrupo.

Pedro Santana Lopes com Rui Rio, então, respectivamente, presidente do PSD e presidente da Câmara Municipal do Porto, no fim de um comício no Coliseu do Porto. 12 de Fevereiro de 2005
Pedro Santana Lopes com Rui Rio, então, respectivamente, presidente do PSD e presidente da Câmara Municipal do Porto, no fim de um comício no Coliseu do Porto. 12 de Fevereiro de 2005CréditosEstela Silva / Agência LUSA

O PSD está em plena luta intestina pela liderança do partido. Para as eleições agendadas para 13 de Janeiro alinharam-se Rui Rio e Pedro Santana Lopes, após o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, na sequência da derrota eleitoral nas autárquicas de Outubro, ter decidido abandonar o lugar .

Ontem, em entrevista à RTP3, o anterior presidente da Câmara Municipal do Porto afastou «grandes diferenças ideológicas» em relação ao seu oponente – que, em meados de Novembro, num discurso de campanha, afirmara que, «se for eleito, [vai] convidar Rui Rio para trabalhar» na preparação de um futuro governo.

A campanha interna de ambos tem apostado nas diferenças de personalidade, afastando mesmo qualquer discussão sobre a orientação política: um e outro fazem o que todos os pretendentes à presidência do PSD fizeram, reivindicando-se como herdeiros do «PPD de Sá Carneiro» e recusando o seu alinhamento à «direita».

Mas, quando obrigados a falar do presente, Rio e Santana revelam um alinhamento com o anterior governo, cuja defesa assumem, com Passos como primeiro-ministro. O objectivo da operação cosmética em curso no PSD é, confessam ambos, recuperar o poder em 2019.

O legado de Passos e Maria Luís Albuquerque

Ambos estiveram nas últimas jornadas parlamentares do PSD, onde discursaram à porta fechada para os deputados do partido. A única frase que transpareceu para fora do encontro foi de Rio, que afirmou que «teria feito igual ou pior» do que a ex-ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque.

Já Santana Lopes tem sido mais comedido nas declarações públicas, mas tem usado como trunfo eleitoral interno a sua lealdade para com Passos ao longo dos últimos anos. A resposta de Rio, não sendo tão eloquente, recupera uma tese do actual Presidente da República: mesmo quando disse mal do anterior governo, estava a ajudar o PSD.

«Quem diz mal dele, em breve falará bem. Um dia destes vai ser condecorado até por câmaras de outros partidos», disse Santana Lopes na altura, referindo-se ao ex-primeiro-ministro.

Presidência do Eurogrupo é «mérito» do anterior governo

A candidatura do ministro das Finanças à presidência do Eurogrupo foi outro dos momentos em que ambos se sintonizaram pela mesma onda. Ambos remeteram parte do «mérito» pela eleição de Centeno para a liderança do clube das imposições orçamentais europeias para a acção do anterior governo.

Santana Lopes chegou a primeiro-ministro de Portugal, em 2014, quando outro português foi eleito para um dos altos cargos da União Europeia. Durão Barroso deixou a liderança do governo ao então presidente da Câmara Municipal de Lisboa e mudou-se para Bruxelas por dez anos.

Durante a década em que presidiu à Comissão Europeia, Durão esteve na linha da frente da tentiva de imposição do Tratado Constitucional e da aprovação do Tratado de Lisboa, que o substitui. Foi durante o seu segundo mandato (2009-2014) que a instituição se tornou num dos compenentes da troika imposta a Portugal, Grécia e Chipre.

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