O Índice de Preços da Habitação teve a maior subida homóloga no primeiro trimestre do ano, desde que o Instituto Nacional de Estatística tem registos (2009), segundo os dados divulgados esta manhã.
Desde meados de 2013 que os preços têm vindo a subir, tendo acelerado o ritmo a partir do final de 2016, quando o número de vendas também começou a subir.
Nos primeiros três meses de 2018 foram vendidas mais de 40 mil casas a um preço médio de 133 mil euros, quando cinco anos antes este valor se ficava por 99 mil euros (para apenas 16 mil casas vendidas). Este valor representa uma subida de 34,8%.
Os aumentos no preço médio foram mais acentuados nas áreas metropolitanas, sendo que na do Porto (AMP) o preço médio superou pela primeira vez os 120 mil euros e na de Lisboa (AML) fixou-se pelo segundo trimestre consecutivo em mais de 180 mil euros.
Tendo em conta que a banca tem limitado a concessão de crédito à habitação entre 80% e 85% do valor dos imóveis, isto significa que a compra de casa na AML exige, em média, uma entrada que pode ultrapassar os 35 mil euros, enquanto na AMP o valor pode ir até aos 25 mil euros – no primeiro caso, o valor equivale a quase cinco anos do salário mínimo nacional; no segundo, a cerca de três anos e meio.
Apesar de as subidas se concentrarem nas áreas metropolitanas e no Algarve, a tendência ao longo dos últimos cinco anos tem-se feito sentir em todo o País.
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