A decisão anunciada ontem pela administração norte-americana de retirar o país do Acordo de Paris, assinado em 2015, é duramente criticada pelo Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV), em comunicado.
O PEV aponta que a decisão «significa a demissão de um dos maiores emissores de gases com efeito de estufa (representando um total de cerca de 18% das emissões mundiais) do objectivo de combater e mitigar o aquecimento global do planeta».
O Acordo de Paris é «o único documento existente ao nível mundial para se poder enfrentar globalmente as alterações climáticas», nota o partido ecologista.
«O PEV espera que os signatários continuem o seu trabalho para o cumprimento do Acordo de Paris e que encontrem mecanismos que não permitam que os EUA possam beneficiar economicamente pelo facto de não pretenderem colaborar nessa luta global necessária», concluiu o comunicado.
Apesar de o documento ter sido assinado por 194 estados, ainda há 47 que não o ratificaram. Entre os países que não assinaram o Acordo de Paris conta-se a Nicarágua. O representante do país centro-americano nas negociações justificou a posição por considerar que o compromisso é «insuficiente» e não tem mecanismo de controlo.
Em declarações à Democracy Now, em Dezembro de 2015, Paul Oquist afirmou que «a ideia da responsabilidade universal – toda a gente é responsável – é uma distorção da responsabilidade histórica, porque nem toda a gente é responsável por criar este problema». A Nicarágua assumiu como objectivo que 90% da energia produzida no país tenha origem em fontes renováveis.
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