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Patrões que roubam os estagiários

Há patrões que exigem dos seus estagiários a parte da bolsa correspondente à comparticipação da empresa, bem como o pagamento da taxa social única. Situação já mereceu o repúdio da CGTP-IN.

As regras dos estágios promovidos pelo IEFP não são respeitadas por todas as entidades patronais
As regras dos estágios promovidos pelo IEFP não são respeitadas por todas as entidades patronaisCréditospplware.sapo.pt

Há estagiários que têm de devolver à empresa a comparticipação que esta tem nas bolsas que recebem (entre 20 e 35%), e, em alguns casos, é-lhes também imposto o pagamento da taxa social única (23,75%), que deveria ser paga pela entidade empregadora. A denúncia é do Jornal de Notícias, que diz estarem em causa os estágios promovidos pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). As áreas mais afectadas são a arquitectura, a advocacia e a psicologia.

Com estas imposições por parte dos patrões, uma grande parte da bolsa do estagiário volta para a empresa e outra parte é usada para isentar a entidade empregadora. Contas feitas pelo jornal revelam que, dos 691 euros ilíquidos mensais, até 400 podem acabar nos bolsos dos empresários que contratam estagiários.

Este dinheiro que a empresa recebe dos estagiários é ilegal e por isso não declarado, ou seja, não paga impostos sobre este «rendimento extra». A entidade empregadora recebe ainda benefícios fiscais por declarar despesas com os estagiários. Assim sendo, há patrões que roubam os estagiários e que ainda são beneficiados por despesas que não têm.

Aproveitando-se de uma situação social adversa, alguns patrões aumentam a exploração, com o argumento de que é aquilo, ou nada. Os estágios profissionais representaram, em 2014, cerca de um terço do emprego criado.

A CGTP-IN já emitiu um comunicado sobre este assunto, onde afirma que não se opõe à existência de estágios profissionais mas que repudia a sua utilização «para situações deste tipo ou para responder a necessidades permanentes das empresas, num quadro em que o Estado continua, inexplicavelmente, a financiá-las para precarizar o emprego e promover os baixos salários».

Para responder a esta situação, a CGTP-IN considera necessário um «acompanhamento eficaz do IEFP (…) para punir exemplarmente esta versão de trabalho forçado», bem como «uma intervenção articulada das entidades inspectivas, designadamente a ACT, a Autoridade Tributária e a inspecção da Segurança Social».

Por fim, a central sindical «reafirma que o Ministério do Trabalho tem de aplicar a tolerância zero a este tipo de comportamentos patronais e agir, com todos os meios ao seu alcance, para criminalizar os responsáveis. Neste quadro, a CGTP-IN já solicitou, em ofício dirigido ao Ministro do Trabalho, a intervenção urgente do Governo para tomar as medidas necessárias com vista a erradicar este tipo de situações da sociedade e que passa, entre outras, pela revogação das normas gravosas do Código do Trabalho».

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