Depois de, em 2024, BCP, CGD, BPI, Santander e Novo Banco terem acumulado lucros diários de 13,9 milhões de euros, num total de mais de 4,96 mil milhões, no 1.º semestre de 2025 o conjunto dos cinco maiores bancos teve lucros líquidos de 2,6 mil milhões de euros (um lucro diário de 14,3 milhões), com o banco público a dar o maior contributo, com um lucro diário de 4,9 milhões de euros.
Estes números verificam-se apesar de algum abrandamento económico que se verificou no 1.º semestre deste ano e da descida das taxas de juro verificada no último ano, com o sector bancário a beneficiar da aceleração registada no crédito à habitação através da garantia estatal concedida aos jovens até aos 35 anos.
Só nos últimos quatro anos e meio, este conjunto dos cinco principais bancos obteve lucros líquidos de 13,3 mil milhões de euros, distribuídos pela CGD (4,5 mil milhões), Santander Totta (2,7 mil milhões), Novo Banco (2,2 mil milhões), BCP (2,1 mil milhões) e BPI (1,8 mil milhões).
Aos lucros da banca, somam-se os 5,1 milhões de euros líquidos que a EDP e a Galp acumularam por dia em 2024 e os 1,8 milhões de euros da Semapa, Navigator e Corticeira Amorim.
Lucros escandalosos que contrariam o velho argumento de que a economia não aguenta aumentos salariais, enquanto os diversos indicadores apontam para as crescentes dificuldades dos trabalhadores e das famílias, nomeadamente para assumirem os encargos com a habitação.
Entretanto, registe-se que, numa altura em que se anuncia a venda do Novo Banco ao grupo bancário francês BPCE, a esmagadora maioria dos accionistas dos grandes bancos nacionais (com excepção da CGD) são estrangeiros, pelo que mais de 50% dos seus lucros líquidos saíram ou vão sair do nosso País, directamente para o bolso dos tais accionistas estrangeiros.
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