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|resistência antifascista

Mário Sacramento nasceu há 100 anos

«Há dezenas de anos que sofro o fascismo. Recebi dele perseguições de toda a ordem. Façam o mundo melhor, ouviram? Não me obriguem a voltar cá!»

Mário Sacramento no uso da palavra no I Congresso Republicano, realizado em Aveiro, em Outubro de 1957
Mário Sacramento no uso da palavra no I Congresso Republicano, realizado em Aveiro, em Outubro de 1957Créditos / Jorge Seabra

Estes são extractos do testamento político do médico, escritor neo-realista, ensaísta e político português Mário Emílio de Morais Sacramento, nascido a 7 de Julho de 1920, em Ílhavo.

Figura destacada do movimento da oposição democrática ao fascismo, a sua actividade, nomeadamente como militante do PCP, levou-o por diversas vezes às prisões da polícia política de Salazar – PIDE (PVDE, entre 1933 e 1945) –, incluindo a do Aljube e de Caxias.

Mário Sacramento participou nas campanhas eleitorais para a Presidência da República, do general Norton de Matos e do professor Ruy Luís Gomes, foi secretário-geral do I Congresso Republicano de Aveiro, que decorreu em 6 de Outubro de 1957, e integrou a representação da Sociedade Portuguesa de Escritores no Congresso dos Escritores Europeus, realizado em Itália, em 1965.

Com a saúde a deteriorar-se, recolheu à Pousada de São Lourenço, no Caramulo. Foi aí que, em 1967, escreveu o seu famoso testamento político, onde deixou o alerta de que «o fascismo é o fim da pré-história do homem. E procede, por isso, como um gangster encurralado. Fiz o que pude para me libertar, e aos outros, dele. É essa a única herança que deixo aos meus Filhos e aos meus Companheiros. Acabem a obra!».

O autor viria a falecer dois anos mais tarde, no Porto.

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