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Jorge Pinto admite desistir em prol de António José Seguro

Uma semana após o seu partido ter declarado apoio à sua candidatura, o dirigente do Livre admite convergência com António José Seguro caso este assuma um posicionamento ideológico. O candidato apoiado pelo PS recusou dizer que era de esquerda. 

CréditosFernando Veludo / Lusa

No passado dia 1 de Novembro, o Livre anunciou o seu apoio a Jorge Pinto na sua candidatura presidencial. O partido de Rui Tavares «considera que a área política da esquerda deve ser reforçada nestas eleições presidenciais e que, dado o impacto das candidaturas da extrema-direita e centro-direita, é urgente apoiar uma candidatura que viabilize um debate à esquerda», conforme se pode ler no comunicado no seu site oficial.

Acontece que a candidatura de Jorge Pinto surgiu já tarde e passou uma ideia de que a solução do Livre foi uma solução de recurso, uma vez que Sampaio da Nóvoa recusou avançar para a corrida presidencial e o campo político da esquerda tinha já nomes como António Filipe, um candidato com um peso institucional inegável. 

Uma semana após a formalização do apoio do Livre, Jorge Pinto já se desdobrou em entrevistas, porém, a última concedida à Agência Lusa, revela que o dirigente do partido de Rui Tavares, não exclui a desistência em prol de António José Seguro, o homem que deu a mão ao ex-governo PSD/CDS-PP/troika com a famosa «abstenção violenta». 

Jorge Pinto, que já foi militante do PS e desvinculou-se deste quando António José Seguro era secretário-geral, desafiou-o a esclarecer o seu posicionamento ideológico, mas exige reciprocidade se a sua candidatura crescer: «o que disse e reafirmo é que há condições mínimas para considerar uma qualquer convergência de candidaturas, ou uma desistência, se assim quisermos. Desde logo é para que seja um projecto para um candidato de esquerda, e que não tenha vergonha de o dizer, que não ache que a esquerda é uma gaveta».

Ausente das condições apresentadas está, assim, a visão presidencial e a defesa da Constituição da República Portuguesa. Apesar do apoio do seu partido nascer de uma alegada ausência de soluções à esquerda, Jorge Pinto nesta entrevista reconhece as candidaturas de António Filipe e Catarina Martins, no entanto nunca explicou porque razão a sua candidatura era tão necessária dadas as já existentes. 
 

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