Entretanto, a inflação acumulada ao longo dos onze primeiros meses de 2022 cifra-se nos 7,7%, com a previsão de vir a atingir os 8% no final do ano. Se tal acontecer, significará um corte real no poder de compra para a maioria dos trabalhadores e dos reformados até porque, no próximo ano, há a forte possibilidade de se prolongar o aumento dos preços, considerando os que já foram anunciados na electricidade, portagens e telecomunicações.
Esta situação aproveita aos grupos económicos e ao aumento dos seus lucros e coloca maiores dificuldades a quem trabalha, nomeadamente pela recusa do Governo em valorizar salários, tal como os grandes empresários, mas também em aumentar as pensões e regular os preços de bens e serviços essenciais.