À saída do Mosteiro do Jerónimos, local onde há 40 anos se deu a assinatura do tratado de adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE), vários foram os partidos que fizeram questão de valorizar o sucedido, mesmo tendo a noção que a data marca o início da política de saque, da perda de soberania nacional e o desmantelamento do aparelho produtivo português.
Pela Iniciativa Liberal, a líder da sua bancada parlamentar, Mariana Leitão, considerou que a entrada de Portugal para a União Europeia foi um «momento histórico» e «de consolidação da democracia e de importantíssima relevância para o desenvolvimento do país». Estas considerações, nunca desenvolvidas, assentam na reescrita da história que a cerimónia promoveu.
Pelo Livre, Isabel Mendes Lopes, também líder da sua bancada parlamentar, alinhou nas declarações da sua homóloga liberal e considerou que a entrada de Portugal na então CEE foi um dia muito importante na construção da democracia portuguesa, vincando que o projecto europeu continua a ter importância para o futuro.
Nuno Melo, ministro da Defesa que falou na qualidade de presidente do CDS-PP, destacou apenas que salientou que o seu partido esteve desde o primeiro momento «completamente comprometido com o projecto europeu».
Já pelo Chega, André Ventura, querendo ser crítico simplesmente para se demarcar dos restantes, não apresentou nenhuma crítica ao projecto europeu, nem à sua natureza e objetivos que subjugaram Portugal aos ditames estrangeiros. O presidente do Chega fez aquilo que faz para nunca se condicionar: falou da corrupção de forma abstracta. Considerando que houve oportunidades perdidas, André Ventura diz que a «União Europeia precisava também de ter como desígnio o combate à corrupção».
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