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|Saúde

Faltam técnicos para colheita de sangue em Santa Maria e Pulido Valente

A falta de técnicos especializados para colheita de sangue levou os médicos do Serviço de Gastrenterologia do Centro Hospitalar de Lisboa Norte a pôr cobro à situação irregular que se vive naquela unidade.

Créditos / Pixabay

A partir do passado dia 1 de Novembro os médicos do Serviço de Gastrenterologia (SG) do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte (CHULN), que compreende os hospitais de Santa Maria e Pulido Valente, deixaram de assegurar as colheitas de sangue de doentes, «excepto em situações de emergência», informa em comunicado o Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS).

Os clínicos responsabilizam o actual Conselho de Administração (CA) do CHULN pela sistemática e prolongada falta de técnicos para recolha de sangue naquele serviço, obrigando os médicos a substituírem-se àqueles, com prejuízo do atendimento dos doentes. «São milhares de horas de trabalho médico perdidas, só neste serviço, por ano», denuncia o comunicado do SMZS.

O CA do CHULN é acusado de «inércia» e responsabilizado pela falta de técnicos no SG, que têm vindo a ser denunciada desde o início de 2018. Os médicos do serviço previnem que «quaisquer consequências, por falta de condições técnicas que comprometam os cuidados aos doentes, serão reportadas às entidades reguladoras».

«O Serviço de Gastrenterologia», esclarece o comunicado, «é um centro de referência a nível nacional, que compreende a observação e acompanhamento de doentes internados, consultas especializadas, técnicas de diagnóstico diferenciadas, uma unidade de cuidados especiais, investigação, e formação pré-graduada e pós-graduada a nível nacional e internacional». Os clínicos prestam ainda serviço em urgência interna e externa e na Urgência Metropolitana de Lisboa (UML), que recebe doentes de todo o País.

O SMZS sublinha que, «ao tirar tempo do exercício da profissão médica altamente diferenciada, mantêm-se, e inclusivamente crescem, as listas de espera para consultas e exames complementares de diagnóstico». Mais: «o tempo ocupado por essas funções é tempo que os internos não usam na sua formação específica», o que vai «contra o regulamento do seu internato».

A 17 de Março de 2018, o SMZS denunciou a falta de técnicos para colheita de sangue para análises clínicas no CHULN. Na altura, mais de uma centena de médicos subscreveram um abaixo-assinado onde se lia que a falta destes técnicos colocava graves problemas em termos de desempenho do trabalho médico, tendo em conta que neste Centro Hospitalar a colheita de sangue, na maioria dos serviços, não é assumida pelos enfermeiros. Na altura, o anterior CA contratou técnicos, mas perante a ausência de renovação dos contratos, a situação repete-se e dura há vários meses.

Perante isto, a 17 de Outubro de 2019, os médicos do Serviço de Gastrenterologia subscreveram novo abaixo-assinado, exigindo «as condições adequadas para o exercício da sua profissão, que favoreçam os médicos e os cuidados aos doentes».

A ausência de resposta a esta nova tentativa de regularização da situação anómala existente levou os médicos a tomar medidas para lhe pôr cobro. O SMZS reitera o seu «apoio aos colegas do Serviço de Gastrenterologia do CHULN, em defesa de um Serviço Nacional de Saúde de qualidade à nossa população».

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