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«Descida» do IRS: reforma de 1000 euros poupa, 34 euros no ano, 0,09 cêntimos por dia

A Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos emitiu um comunicado no qual acusa o Governo PSD/CDS-PP de eleitoralismo, na medida em que a descida do IRS não melhora a vida das pessoas. 

São os próprios reformados a afirmar que se havia expectativa numa melhoria de vida após as últimas eleições legislativas, essa esperança esfumou-se com as medidas que foram aprovadas recentemente na Assembleia da República. De acordo com a Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI), a prova disso mesmo é a descida do IRS que, feitas as contas, pouco acrescenta na vida de quem trabalhou uma vida inteira. 

Para o MURPI, a descida propagandeada pelo Governo que, segundo este, serviria para estimular a economia terá efeitos «diminutos». Na óptica da estrutura representativa dos reformados e pensionistas, «para a esmagadora maioria dos reformados não haverá qualquer impacto, já que as suas reformas e pensões não chegam sequer ao valor do salário mínimo». 

Olhando para o bolo geral de beneficiários de reformas e pensões, mesmo as pensões mais elevadas pouco ou nada ganham, já que uma reforma de 1000 euros mensais poupará apenas cerca de 34 euros no ano. Esta poupança, feitas as contas, representa 0,09 cêntimos por dia. 

De acordo com o MURPI, «os reformados e pensionistas são lesados com esta suposta descida de impostos», na medida em que o Governo decidiu aprofundar uma «injustiça fiscal e a desigual distribuição do rendimento», beneficiando quem tem mais rendimentos. A descida do IRS, sublinha a estrutura, foi o «pretexto» para não aumentar as reformas e pensões
de acordo com a subida do custo de vida.

«O que os reformados e pensionistas querem e têm direito é que o Governo reduza significativamente o IVA sobre bens e produtos essenciais, sobre os medicamentos, sobre a electricidade, gás e telecomunicações», afirma o MURPI, acusando o Executivo PSD/CDS-PP de não responder aos reais problemas existentes. 

Juntamente a estas medidas, os reformados e pensionistas exigem ainda que o Governo «promova uma política fiscal que assegure a justa distribuição da riqueza e que garanta uma justa tributação do grande capital por via do IRC, ao contrário do que tem sido feito. 

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